Mulher usa identidade falsa de procuradora para tentar abrir conta em Teresina
Natural de Fortaleza, ela foi presa em uma agência do Banco do BrasilUma mulher identificada como Thamilys, natural de Fortaleza (CE), foi presa em flagrante nesta quarta-feira (31/07) ao tentar abrir uma conta no Banco do Brasil da avenida João XXIII, em Teresina, utilizando uma identidade falsa. A prisão foi realizada por policiais civis do 24º Distrito Policial, após acionamento da gerência da agência bancária.

Segundo o delegado Canabrava, Thamilys alegou que saiu de Fortaleza por volta de 1h da manhã, em um Corolla preto, a mando de um homem conhecido apenas como 'Gordo'. Ele teria recrutado a mulher para aplicar golpes relacionados à abertura de contas bancárias com documentos falsos. O motorista, que ela afirma não conhecer, deixou a suspeita nas proximidades da agência.
“Ela se apresentou como procuradora federal do Rio Grande do Sul e tentou abrir a conta. O gerente, desconfiado da história, entrou em contato conosco. Fomos até o local e constatamos que o documento era falso. Demos voz de prisão imediatamente”, relatou o delegado.

Durante o interrogatório, Thamilys afirmou que ganharia R$ 10 mil pelo serviço. Ela também disse que já havia recrutado outras pessoas para realizar o mesmo tipo de crime em diferentes estados. De acordo com Canabrava, o grupo criminoso pode estar utilizando essas contas para movimentar grandes quantias em dinheiro, acessar limites de crédito e emitir cheques sem previsão de pagamento.
A mulher foi levada para a Central de Flagrantes, onde será autuada por uso de documento falso e possível associação criminosa. A polícia agora investiga se a identidade utilizada pertence, de fato, a uma procuradora federal, como ela alegava, além de buscar informações sobre a verdadeira função de Thamilys dentro da organização.
“Acreditamos que ela já seja experiente nesse tipo de golpe. Durante o depoimento, se mostrou resistente, não revelou nomes, fingia chorar, mas não derramava uma lágrima. Parece que foi treinada para não entregar ninguém”, afirmou o delegado.
A investigação segue para identificar outros envolvidos e apurar se há ramificações da quadrilha em outros estados.