Vereador Dudu critica greve dos ônibus e posicionamento do prefeito Silvio Mendes
O parlamentar defendeu a caducidade do atual contrato com as empresas operadorasCom a crise no transporte público de Teresina, o vereador Dudu (PT), nesta terça-feira (13/05), criticou a greve de motoristas e cobradores que pedem reajustes e outros direitos não estabelecidos. O parlamentar voltou a responsabilizar o prefeito Silvio Mendes pela falta de solução para a crise no sistema de transporte coletivo da capital e defendeu, com firmeza, a caducidade do atual contrato com as empresas operadoras.

“Zero problema para ser solucionado com essa licitação que está em curso”, afirmou o vereador, criticando a postura da Prefeitura diante do impasse. Para Dudu, o histórico de descumprimentos por parte das empresas que compõem o Setut (Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina) demonstra que não há perspectiva de melhoria sem uma intervenção mais dura do Executivo.
“Eles vão sempre colocar uma conta milionária a receber e não entregam serviço. Eles não cumprem a ordem de serviço. Agora, por exemplo, existe a ordem judicial, que eles descumprem do mesmo jeito.”
O vereador também criticou o repasse de subsídios públicos ao sistema, sem contrapartida em qualidade de serviço à população. “Quando o prefeito aumentou o subsídio e deu esse recurso, eu dizia: ‘não tem fundo e nem limite do Setut’”, pontuou. Segundo ele, enquanto o prefeito não romper o contrato e abrir uma nova licitação — com um plano emergencial de operação — não haverá solução efetiva.
A greve dos rodoviários continua sem previsão de encerramento. Motoristas e cobradores reivindicam um reajuste salarial linear de 15%, vale-alimentação de R$ 900 e auxílio-saúde de R$ 150. A categoria afirma que acumula perdas desde a pandemia, quando ficaram sem reajustes e perderam benefícios como plano de saúde e tíquete-alimentação, principalmente nos anos de 2019 a 2021.
De acordo com o Sintetro, a proposta mais recente apresentada pelo Setut previa reajuste apenas para os motoristas, com a condição de extinção da função de cobrador — exigência rejeitada pela categoria, que segue mobilizada.
Enquanto isso, a Prefeitura, por meio da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans), iniciou o cadastramento de veículos particulares para atuar de forma emergencial no transporte de passageiros. A medida visa mitigar os efeitos da paralisação e evitar um colapso no deslocamento de trabalhadores, estudantes e demais usuários do sistema.
Para o vereador Dudu, no entanto, paliativos não resolverão o problema. “Não adianta dizer que não tem dinheiro, porque a solução está na mão do Executivo. É romper o contrato, abrir uma licitação e fazer um emergencial. Não tem outra solução”, concluiu.