As unhas podem refletir sinais importantes da saúde do nosso corpo. Alterações na cor, na textura, no formato ou até mesmo na taxa de crescimento podem indicar desde deficiências nutricionais até problemas em órgãos internos, como pulmões, fígado, rins e coração.

Foto: Pedro Melo/Conecta Piauí

Unhas

O médico dermatologista do Hospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU-UFPI/Ebserh), Lauro Rodolpho Soares, explica que as unhas realmente podem indicar muitas doenças internas. “Existem doenças sistêmicas e dermatológicas que têm manifestações ungueais. Por meio dessa leitura, desse exame das unhas, conseguimos fazer diagnósticos de doenças sistêmicas a partir de pequenas ou grandes alterações”, afirma. Segundo o especialista, “algumas doenças articulares, intestinais e autoimunes também podem ser identificadas por meio das alterações nas unhas”.

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Unhas mais grossas

O espessamento das unhas dos pés está, na maioria das vezes, relacionado a infecções fúngicas. No entanto, também pode ocorrer por alterações anatômicas. “Em idosos, por exemplo, as unhas tendem a engrossar devido a traumas repetitivos, especialmente quando há artrose ou alguma deficiência. Nesses casos, a unha vai ficando tortuosa e espessa”, explica o dermatologista.

Foto: Pedro Melo/Conecta Piauí

Unhas

Alterações mais comuns

Unhas amareladas – Muitas vezes, indicam infecções fúngicas, uma das causas mais comuns. No entanto, doenças hepáticas, como problemas no fígado, também podem causar esse tipo de alteração.

Unhas esbranquiçadas – Podem ter origem fúngica, mas, na maioria das vezes, estão relacionadas à fragilidade. “É quando a unha está fraca e cria vincos esbranquiçados, como se tivesse sido dobrada, semelhante ao que acontece com um plástico”, explica o médico.

Unhas quebradiças – Costumam estar associadas a alterações hormonais ou deficiências nutricionais, principalmente de vitaminas e minerais. “Esses casos, geralmente, conseguimos resolver com a reposição adequada desses nutrientes.”

Micoses recorrentes – São mais comuns em idosos, que apresentam crescimento mais lento das unhas e imunidade reduzida, fatores que favorecem a proliferação de fungos.

Doenças específicas

“Exemplo disso são doenças como a psoríase, que têm manifestações sistêmicas e comprometimento, muitas vezes, grave das unhas, que passam a ficar grossas, descamativas, espessas, mudam de coloração e/ou criam vincos. Esses detalhes nos ajudam no diagnóstico da psoríase”, pontua Lauro Rodolpho.

Outra condição que provoca alterações nas unhas é o líquen plano, uma doença autoimune caracterizada por “carocinhos” na pele que coçam bastante e podem ser confundidas com outras enfermidades.

Há ainda o líquen plano ungueal, uma forma inflamatória da doença que pode atingir apenas as unhas ou estar associada ao líquen plano da pele e das mucosas. “Quando identificamos uma alteração chamada pterígio nas unhas, já conseguimos levantar a suspeita de líquen plano com base nesse sinal específico”, conclui o dermatologista.

Com informações do HU-UFPI