A perícia do Instituto Médico Legal (IML) de Teresina iniciou nesta terça-feira (12/08) uma avaliação psiquiátrica para determinar o perfil psicológico de Francisco de Assis Pereira Costa, suspeito de ser o mentor intelectual do envenenamento de oito pessoas em Parnaíba. A análise foi solicitada pela Defensoria Pública do Piauí e autorizada pela Justiça, após questionamentos sobre a sanidade mental do acusado.

Foto: Reprodução/SSP-PI

Francisco de Assis (padrasto) e Maria dos Aflitos (mãe e avó das vítimas)

O procedimento começou com oitiva da enteada de Francisco, uma jovem de 17 anos que conviveu com ele e sobreviveu ao envenenamento. Além dela, familiares do suspeito estão sendo ouvidos para compor o perfil psicológico completo, incluindo a mãe, que reside em outro estado, e um irmão do acusado. Ao todo, cerca de quatro pessoas próximas ao suspeito participarão da perícia.

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O que acontece com o laudo?

Caso o laudo pericial comprove que Francisco de Assis possui alguma incapacidade mental, isso poderá influenciar na aplicação da pena, reduzindo-a, e na possibilidade de cumprimento da sentença em um manicômio judiciário, em vez de uma prisão comum. O delegado responsável pelo inquérito, Abimael Silva, explicou que, mesmo com o reconhecimento de insanidade mental, a tipificação dos crimes permanece, mas o processo será separado e sujeito a medidas de segurança específicas, com punições distintas.

A audiência de instrução e julgamento, inicialmente marcada, foi adiada para o dia 5 de setembro justamente para aguardar a conclusão da perícia. O laudo do IML deverá ser apresentado nessa data. Francisco de Assis e sua comparsa, Maria dos Aflitos, continuam presos.

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