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Desmatamento, madeira ilegal e a resposta do Piauí em ano de COP30

Mais de 213 metros cúbicos já foram apreendidos pela Semarh esse ano
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Não há floresta que resista ao apetite predatório de quem acredita que crime ambiental é “detalhe burocrático”. Felizmente, o Piauí parece disposto a mudar essa lógica. De janeiro até agora, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) apreendeu 213 metros cúbicos de madeira ilegal. Sim, o equivalente a mais de mil árvores nativas que foram retiradas sem cerimônia. O dado não é trivial: representa 86% a mais que todo o volume confiscado no ano passado. Algo está acontecendo. E é bom que esteja.

A operação mais recente ocorreu em Picos. Fiscais da Semarh e agentes da Polícia Rodoviária Federal encontraram 32 m³ de madeira serrada sendo transportada com documentação… digamos… criativa. O Documento de Origem Florestal (DOF) apresentava “erros” sobre as espécies declaradas – e, nesse caso, erro significa crime.

Renato Nogueira, gerente de fiscalização da Semarh, explica. “Estamos ampliando as ações de fiscalização e investindo em tecnologia para identificar irregularidades. O aumento nas apreensões mostra que estamos no caminho certo para combater a exploração ilegal dos nossos recursos naturais”, disse. É uma fala pragmática – e necessária.

Feliphe Araújo, secretário estadual do Meio Ambiente, vai além: “Cada árvore retirada de forma ilegal representa um impacto direto na biodiversidade e no equilíbrio ambiental. Estamos atuando para proteger as florestas piauienses e coibir a destruição do nosso patrimônio natural”. Perfeito. Em tempos de COP30, não há espaço para discurso vazio.

A madeira apreendida seguirá o trâmite legal até destinação final. Quem insistir na velha prática pode esperar multas pesadas e até responsabilização criminal, como determina a Lei 9.605/98.

Eis a lição: quando fiscalização funciona, o crime ambiental deixa de parecer negócio lucrativo.

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