Piauiense estreia nas Paralimpíadas e representa o Brasil na esgrima
Rayssa Veras tem no currículo conquistas expressivas no chamado Ciclo ParalímpicoA paratleta piauiense Rayssa Veras vive pela primeira vez o sonho olímpico. A Teresinense, de 28 anos, vai competir nesta terça-feira (03/09) na esgrima de cadeira de rodas, às 8h. Rayssa vive um dos melhores momentos da carreira atleta e é esperança de medalhas para o Brasil na modalidade. Ela nasceu com pé torto congênito, e ainda criança sofreu a amputação de seu pé esquerdo, utilizando hoje em dia uma prótese no local.

No currículo da paratleta estão conquistas expressivas no chamado ciclo paralímpico, período em que credencia o competidor para o evento. Rayssa é Líder do ranking nacional da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE) no sabre A e no florete A, conquistou nesta temporada importantes títulos internacionais: foi campeã nas etapas da Copa do Mundo de Paresgrima do Brasil e do País de Gales.
O interesse pelo esporte iniciou em 2016, quando Rayssa ainda era universitária, em São Paulo. “A esgrima começou por acaso. Eu cursava Educação Física na Unicamp e conheci a modalidade por intermédio de um projeto de extensão universitária. Na verdade, quando ingressei na faculdade, tinha deixado o esporte de lado devido a uma má experiência na natação de alto rendimento. Até que, no segundo semestre de 2016, devido à insistência de uma colega e do professor de esgrima, concordei em fazer uma aula experimental”, fala a paratleta.
Em Paris, Rayssa vai participar de quatro provas durante o mês de setembro. No dia 3, ela compete com Sabre A, às 8h. A luta seguinte será no dia 5, onde Rayssa participa do Florete Equipe, às 5h. No dia seguinte, ela estará novamente competindo, agora na categoria Espada A, às 4h. O último compromisso da piauiense será no dia 7, na Espada Equipe, às 5h.

Para Rayssa, disputar as Paralimpíadas de Paris vai além da competição, sendo uma forma de superação pessoal. A paratleta destaca que a oportunidade pode incentivar que mais pessoas estejam motivadas a buscarem seus objetivos.
“Considero como uma imensa oportunidade de divulgar a modalidade, minha principal meta hoje em dia. As pessoas com deficiência no Brasil ainda são muito marginalizadas, e precisam ser respeitadas. Se for uma atleta que performa em alto nível, que seja valorizada desta forma. Todo mundo é capaz de atingir seus objetivos, sejam quais forem. E melhorar a qualidade de vida é um grande prêmio”, conclui Rayssa.
Com informações da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)