Tarifaço de Trump ameaça mercado brasileiro, Piauí segundo estado menos afetado
Com a geopolítica global em constante mudança, a aposta do Piauí é clara: mais mercadoA proposta de um novo tarifaço sobre produtos importados pelos Estados Unidos, anunciado pelo presidente Donald Trump, acendeu um alerta no setor produtivo brasileiro — e o mel está no centro dessa preocupação. Há mais de 15 anos, o “país do Tio Sam” figura como um dos principais destinos do mel produzido no Brasil, inclusive no Piauí.
No entanto, o estado deve sentir menos os efeitos da medida do que outras regiões. O Piauí será o segundo menos impactado do país, com exportações de pouco mais de U$$ 4 milhões— valor superior apenas ao da Paraíba.
Isso porque, ao longo da última década, o mel piauiense tem ampliado sua presença internacional, conquistando novos mercados, como China e países da Europa, que hoje lideram a compra do produto do estado. A qualidade reconhecida do mel do semiárido nordestino e a organização da cadeia produtiva local têm sido decisivas para esse avanço.
Para garantir ainda mais segurança aos produtores e fortalecer o comércio exterior, o governador Rafael Fonteles tem intensificado uma política de diversificação de mercados, com missões internacionais voltadas à promoção dos produtos piauienses no cenário global.
“Nosso objetivo é abrir novos mercados, garantir que os produtos do Piauí ganhem o mundo e proteger nossos produtores de oscilações externas. O mel é um exemplo de qualidade e sustentabilidade que precisa estar em todas as prateleiras internacionais”, afirma o governador.
O mel do Piauí é produzido, em sua maioria, por agricultores familiares e cooperativas espalhadas por diversas regiões do estado. Reconhecido por sua pureza, baixo teor de umidade e rastreabilidade, ele já figura como um dos melhores do país — e com cada vez menos dependência do mercado americano.
Com a geopolítica global em constante mudança, a aposta do Piauí é clara: mais mercados, mais segurança e mais oportunidades para quem vive do campo. Mesmo com o risco do tarifaço, o mel piauiense segue valorizado, doce e cada vez mais internacional.