Ex-prefeito Venício do Ó tem habeas corpus negado: investigado por diversos crimes
Foi constatado que não há ilegalidade ou abuso de poder na condução das investigaçõesO Ministério Público Federal (MPF) emitiu parecer contrário ao habeas corpus impetrado em favor do ex-prefeito de Pimenteiras, Venício do Ó, investigado pela Polícia Federal por supostos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. A defesa pleiteava o trancamento do inquérito policial, além da devolução de bens, valores, eletrônicos e documentos apreendidos durante a investigação.

Segundo o parecer assinado pelo procurador regional da República Vladimir Barros Aras, não há ilegalidade ou abuso de poder na condução das investigações, e o pedido de habeas corpus não apresenta fundamentos suficientes para interromper a ação penal em curso.
INVESTIGAÇÃO E DENÚNCIA ANÔNIMA
A defesa do ex-prefeito alegou que o inquérito policial teria sido instaurado exclusivamente com base em denúncia anônima, o que configuraria ‘constrangimento ilegal’. O MPF, porém, argumenta que mesmo partindo de uma denúncia anônima, a investigação prosseguiu com a devida autorização judicial para medidas cautelares, como quebras de sigilo bancário e fiscal, busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores.
O procurador Vladimir Aras destacou que o habeas corpus é um instrumento jurídico destinado exclusivamente à proteção da liberdade de locomoção frente a ilegalidades flagrantes. Por isso, não deve ser utilizado para alegações que exigem análise aprofundada de provas, como questionamentos sobre a tipicidade da conduta ou a existência de vínculo entre o paciente e os demais investigados.
INVESTIGAÇÕES CONTINUAM
Ao final do parecer, o Ministério Público Federal requereu a denegação do habeas corpus, permitindo que as investigações e eventuais ações penais prossigam normalmente. A decisão final agora está nas mãos da 3ª Turma do TRF-1, sob relatoria do desembargador federal César Jatahy.
A investigação segue no âmbito do Inquérito Policial nº 2021.0077808-SR/PF/PI, que tramita em segredo de justiça quanto a alguns de seus documentos e diligências. As próximas etapas dependem do cumprimento das decisões judiciais já emitidas, incluindo a apreciação das respostas à acusação.
CONFIRA A DECISÃO:
