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Hugo Motta abre sessão após horas de protestos e critica conduta de deputados

manifestação de parlamentares da oposição ocorre em resposta a prisão domiciliar de Bolsonaro
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abriu a sessão plenária na noite desta quarta-feira (06/08), por volta das 22h30, após horas de obstrução promovida por parlamentares da oposição. A manifestação impediu o funcionamento normal da Casa e levou Motta a criticar a conduta dos deputados. Segundo ele, as ações precisam respeitar o regimento interno e a Constituição.

“O que aconteceu entre o dia de ontem e hoje com a obstrução dos trabalhos não faz bem a esta Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, mas dentro dos limites legais”, afirmou. O presidente da Câmara reforçou que o Plenário e a vontade da maioria não podem ser superados por atos individuais.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosHugo Motta abre sessão após horas de protestos de prlamentares da oposição
Hugo Motta abre sessão após horas de protestos de prlamentares da oposição

Os protestos, liderados por deputados da oposição, ocorrem em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre as reivindicações, estão a votação de uma proposta de anistia irrestrita aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Motta também alertou para os riscos de interesses pessoais ou eleitorais interferirem no funcionamento do Legislativo. “Esta Casa precisa estar a serviço do país. Projetos individuais não podem se sobrepor ao interesse coletivo de milhões de brasileiros que esperam decisões importantes do Congresso Nacional”, declarou.

Apesar dos protestos, Motta defendeu o diálogo e o respeito mútuo, mas garantiu firmeza na condução dos trabalhos: “Sempre lutarei pelo livre exercício do mandato, mas dentro dos limites do respeito ao regimento e à função de quem preside esta Casa”.

Antes de iniciar a sessão, Hugo Motta enfrentou resistência para ocupar sua cadeira na Mesa Diretora, sendo impedido por deputados como Marcel van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS). A oposição ocupava o plenário desde a noite anterior e dificultou o início da sessão presencial, marcada previamente pelo Colégio de Líderes para as 20h30.

Em nota, a Secretaria-Geral da Mesa informou que condutas que impeçam ou atrapalhem o funcionamento da Câmara estão sujeitas às penalidades previstas no Regimento Interno. Entre as punições possíveis está a suspensão cautelar do mandato por até seis meses, mediante representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

Durante o protesto, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) levou sua filha, ainda bebê, ao plenário. A atitude foi criticada pelo deputado Reimont (PT-RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos, que apresentou denúncia ao Conselho Tutelar. Segundo ele, a criança foi exposta a um ambiente de “instabilidade, risco físico e tensão institucional”. Sentada na cadeira da presidência, Zanatta questionou: “Fui chamada pelos colegas e tive que vir com a minha bebê. Será que vão tirar a gente à força?”

No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) determinou que a sessão deliberativa desta quinta-feira (07/08) seja realizada remotamente. A decisão foi tomada para garantir o funcionamento da Casa diante da ocupação do plenário por parlamentares da oposição, que também protestam contra a prisão de Bolsonaro.

Com informações de Agência Brasil

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