O ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto foi preso na manhã desta sexta-feira (13/06) pela Polícia Federal em Recife (PE), dentro de um desdobramento das investigações sobre a tentativa de golpe e a atuação de figuras ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Isac Nóbrega /PR

Gilson Machado e Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu indícios de que Machado teria procurado o Consulado de Portugal no Recife, em 12 de maio de 2025, para obter um passaporte português para o tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid, réu na ação penal sobre a trama golpista, possivelmente para facilitar sua fuga do país.

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Embora a tentativa não tenha tido sucesso, havia suspeita de que Machado poderia tentar apelar a outros consulados para atingir o mesmo objetivo.

A PF investiga também uma campanha de arrecadação de fundos promovida por Machado via Instagram em favor de Bolsonaro, lembrando uma 'vaquinha' semelhante realizada em 2023, o que chamou atenção dos órgãos de controle 

A PGR, sob o comando do procurador‑geral Paulo Gonet, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de abertura de inquérito com base nos fortes indícios de que Machado tentou obstruir investigações e favorecer pessoalmente Mauro Cid. O pedido incluiu ainda autorização para buscas e apreensões que igualmente foram executadas.

Em nota, Machado negou envolvimento: disse que a ida ao consulado foi para tratar do passaporte do próprio pai, e que desconhecia qualquer tentativa relacionada a Mauro Cid.