Piauí se torna epicentro da transição energética e sustentável para empreendedores
Pequenos negócios ganham destaque em um cenário de inovação e impacto socioambientalEnquanto o mundo caminha para uma economia de baixo carbono, são os pequenos empreendedores que vêm assumindo um papel cada vez mais estratégico na transição energética do Brasil. Iniciativas inovadoras que unem sustentabilidade, tecnologia e desenvolvimento local demonstram que esse movimento não se limita às grandes corporações — ele está, cada vez mais, nas mãos de quem empreende com propósito.
Durante a Brazil Energy Conference 2025, realizada em Teresina, o debate girou em torno da importância de medir os impactos da transição energética. Mais do que discutir fontes renováveis como a solar e a eólica, o evento reforçou o protagonismo de empreendedores sociais, comunidades tradicionais e negócios sustentáveis de base local. Eles são agentes fundamentais na criação de soluções que combinam geração de renda, preservação ambiental e inclusão social.

No centro dessa discussão, o Sebrae Piauí apresentou a iniciativa “Rumo ao ESG”, com um espaço voltado ao fortalecimento dos pequenos negócios na agenda ambiental, social e de governança. A proposta é clara: mostrar que inovação e sustentabilidade não são privilégios das grandes empresas. No local, foram oferecidas mentorias, diagnósticos personalizados e a exposição de empresas piauienses que já atuam com energia solar — um exemplo prático de como os pequenos empreendedores estão entrando de vez nesse novo mercado.

“O ESG trabalha a governança, o meio ambiente e as pessoas. No estande, o empresário tem a oportunidade de fazer um diagnóstico, justamente para entender o nível de maturidade com relação ao ESG e a sustentabilidade dentro da sua empresa, depois é elaborado um plano de ação para que possa desenvolver ações sustentáveis”, explica a consultora do Sebrae, Denise Maranhão.

Conforme estudo do Sebrae, de janeiro a outubro de 2023, micro e pequenas empresas geraram 76% dos empregos formais no Piauí, um sinal concreto de como o empreendedorismo local segue impactando positivamente a economia e a sociedade. E quando essas empresas se alinham à bioeconomia, os ganhos se estendem ao meio ambiente e às comunidades.
Outro ponto chave abordado no evento foi a importância de indicadores de impacto. Eles ajudam a medir não apenas a redução de CO₂, mas também os efeitos sociais das iniciativas sustentáveis: acesso à energia limpa, valorização de saberes tradicionais, qualidade de vida e inclusão produtiva em áreas vulneráveis. Isso ganha ainda mais importância com a proximidade da COP-30, que acontecerá na Amazônia em 2025, e onde o Brasil terá a oportunidade de mostrar ao mundo soluções que unem inovação, natureza e inclusão.

Mais do que uma tendência, a transição energética se apresenta como uma janela de oportunidades para os pequenos negócios. Ao investir em energia renovável, economia circular e práticas ESG, empreendedores brasileiros não apenas contribuem com as metas climáticas, mas também se tornam protagonistas de uma nova economia — mais resiliente, descentralizada e conectada com os territórios.
