A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (13/08), a operação Usuário Zero nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins contra um grupo suspeito de envolvimento em um esquema de adulteração de processos no sistema eletrônico da Justiça.

O portal GP1 divulgou, com exclusividade, os nomes dos advogados investigados:

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• Anastácio Araújo Costa Sales Neto;
• Bruno Silva Pio;
• Francisco Fernandes dos Santos Júnior;
• Francisco Jefferson da Silva Baima;
• Jarbas Wallison Nunes Mota;
• João Paulo Lustosa Veloso;
• José Wilson Cardoso Diniz;
• José Wilson Cardoso Diniz Júnior;
• Lucas Mendonça Cavalcante;
• Mailson Marques Roldão;
• Marcos Luiz de Sá Rêgo;
• Marília Dias Santos.

Foto: Reprodução OAB

Anastácio Araújo, Bruno Silva, Francisco Fernandes, Francisco Jefferson, Jarbas Wallison Nunes Mota e João Paulo Lustosa Veloso

Foto: Reprodução OAB

José Wilson Cardoso Diniz, José Wilson Cardoso Diniz Júnior, Lucas Mendonça Cavalcante, Mailson Marques Roldão, Marcos Luiz de Sá Rêgo e Marília Dias Santos

De acordo com o delegado Yan Brainer, a ação é um desdobramento de investigações iniciadas no ano passado, quando foi identificado um ex-servidor utilizando credenciais para inserir minutas fraudulentas em processos judiciais.

Segundo as investigações, mais de 30 a 40 processos teriam sido adulterados, especialmente ações envolvendo apreensão de veículos. Em alguns casos, as fraudes resultaram na suspensão de ordens judiciais de busca e apreensão. Há também registros em outras áreas, como um processo em que um advogado teria anulado questões de concurso público para se beneficiar, embora não tenha alcançado a pontuação mínima para assumir o cargo.

Foto: Conecta Piauí

Advogados são alvos de operação da Polícia Civil no Piauí, Maranhão e Tocantins

O delegado explicou que o ex-servidor alterava cadastros de funcionários do Judiciário e criava e-mails falsos para receber recuperações de senha, acessando o sistema como se fosse o servidor legítimo. As minutas fraudulentas eram então inseridas e, em alguns casos, assinadas por magistrados que acreditavam tratar-se de documentos legítimos produzidos por suas equipes.

O Tribunal de Justiça do Piauí informou que a vulnerabilidade utilizada no esquema já foi identificada e corrigida. “O setor do Tribunal atuou de forma diligente para sanar o problema, e hoje não existe mais esse tipo de vulnerabilidade”, afirmou o delegado.

Durante a operação, veículos foram apreendidos para tentar reparar parte dos prejuízos. As investigações continuam para identificar todos os envolvidos no esquema.

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