Justiça condena seis envolvidos no latrocínio de empresário em Teresina
O corpo da vítima foi encontrado sem roupas e envolto em um lençol, na região da Cacimba VelhaA Justiça do Piauí condenou seis pessoas pelo latrocínio do empresário Antônio Francisco dos Santos Sousa, de 50 anos, morto a facadas em abril de 2024, na zona Leste de Teresina. O corpo da vítima foi encontrado sem roupas e envolto em um lençol, em uma fazenda na região da Cacimba Velha.

A sentença foi assinada em 18 de agosto pelo juiz Antonio Oliveira, da Vara de Delitos de Roubo da Comarca de Teresina. De acordo com a decisão, o crime foi cometido de forma “clara e inequívoca”, e os réus receberam penas que variam de 22 a 26 anos de prisão, em regime inicial fechado.
As condenações
Maria Pereira da Silva – dona do prostíbulo e cúmplice da companheira, Kalina. Também foi acusada de repassar dinheiro aos demais envolvidos. Condenada a 22 anos e 2 meses de prisão.
Kalina Sampaio Rodrigues – proprietária do prostíbulo e responsável por aplicar as facadas que mataram o empresário. Também transferiu valores para os comparsas. Condenada a 22 anos e 2 meses de prisão.
Kawana Maria Cardoso Soares (conhecida como Iasmim) – uma das garotas de programa que consumiu drogas com a vítima até que ela ficasse desacordada. Condenada a 23 anos e 4 meses de prisão.
Ana Clara Pereira Costa – também garota de programa, participou do encontro e das transferências de dinheiro. Condenada a 23 anos e 4 meses de prisão.
Jandeilson Rocha Ferreira – colaborou no transporte do empresário até o local do assassinato. Condenado a 23 anos e 4 meses de prisão.

Anderson Luiz da Silva (Pai Anderson) – tomou conhecimento do crime e não comunicou às autoridades. Segundo a investigação, chegou a cobrar R$ 5 mil para realizar um ritual de limpeza espiritual nas acusadas Kalina e Maria após o assassinato. Condenado a 26 anos e 8 meses de prisão.
O crime
Segundo as investigações da Polícia Civil, o empresário esteve em uma casa de prostituição, onde contratou duas garotas de programa. Durante o encontro, ele consumiu bebidas alcoólicas, maconha e medicamentos, até perder a consciência.

Na sequência, foi colocado em seu próprio carro e levado até a zona rural, onde acabou assassinado. Após a morte, R$ 90 mil foram transferidos da conta bancária da vítima para contas ligadas aos condenados, o que foi utilizado pela Justiça como elemento para confirmar a participação do grupo.