‘Pistoleiros da internet’ agem para macular reputações e manipular eleitores no PI
A cada ciclo eleitoral, surgem personagens, muitos deles jovens, ligados a grupos políticosCom a aproximação das eleições de 2026, volta a ganhar força no Piauí um movimento já conhecido no ambiente digital: a atuação dos chamados ‘pistoleiros da internet’, perfis que operam nas redes sociais com o objetivo de atacar reputações, espalhar desinformação e tentar manipular o debate público.

O modus operandi não é novidade. A cada ciclo eleitoral, surgem personagens, muitos deles jovens, ligados a grupos políticos, que passam a promover ataques, acusações sem provas e conteúdos que visam gerar engajamento a partir do discurso de ódio e da polarização.
Nos últimos meses, um desses personagens, o mais novinho deles, ligado a um grupo político tradicional de Direita que acumulou derrotas na eleição de 2022, tem tentado inflar as redes sociais com narrativas que misturam especulações, desinformação e ataques pessoais. O objetivo é claro: tumultuar o ambiente político, confundir os eleitores e tentar desgastar adversários.
Essa prática configura crime quando ultrapassa os limites da liberdade de expressão, especialmente ao disseminar calúnias, difamações e fake news. Além de prejudicar diretamente quem é alvo dos ataques, essa corrente de desinformação também compromete a qualidade do debate público e atinge a própria democracia.
DANOS À IMAGEM E À MORAL
Embora historicamente esse tipo de ação não tenha alterado de forma efetiva o resultado das eleições no estado, os danos à imagem e à moral das pessoas atacadas são evidentes. O ‘gabinete do ódio’ cria uma rede de influência digital que, mesmo com base em mentiras, alcança milhares de pessoas e acirra ainda mais os ânimos no ambiente político e social.
Esse mesmo grupo já foi alvo de atuação do poder público, inclusive com o fechamento de um meio de comunicação inteiro, como aconteceu em 2022, após operação da Polícia Federal em Teresina. As autoridades e as próprias plataformas precisam ser cada vez mais cobradas para agir de forma rigorosa contra esse tipo de prática, que, além de ilegal, representa uma ameaça ao processo democrático.