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Prefeito de Paulistana cobra inclusão do Piauí na transposição do São Francisco

Na última segunda-feira, o gestor participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa
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Em entrevista ao Conecta Piauí, o prefeito de Paulistana, Osvaldo da Abelha Branca comentou sobre o processo de transposição do Rio São Francisco para o Piauí. Na última segunda-feira, o gestor participou de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Piauí, onde mais uma vez fez um apelo contundente para inclusão do estado na obra de transposição do rio. 

Foto: James Rodrigues/Conecta PiauíPrefeito de Paulistana cobra inclusão do Piauí na transposição do São Francisco
Prefeito de Paulistana cobra inclusão do Piauí na transposição do São Francisco

Segundo o gestor, o Piauí está "muito atrasado" em relação aos demais estados beneficiados pelo projeto, como Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, apesar de possuir condições geográficas mais favoráveis. “Nenhum dos estados onde a obra já está em execução tem viabilidade maior do que o Piauí. Municípios como Queimada Nova, Lagoa do Barro, Dom Inocêncio e Acauã fazem divisa com Pernambuco e Bahia, e essas áreas estão entre as mais necessitadas do nosso semiárido”, afirmou o prefeito.

A audiência pública reuniu autoridades estaduais, lideranças políticas e representantes de movimentos sociais da região. O objetivo foi discutir a urgência da expansão da transposição para o território piauiense, sobretudo para o sul do estado, onde a escassez hídrica afeta duramente a agricultura, o abastecimento e a qualidade de vida da população.

Segundo Osvaldo da Abelha Branca, o Piauí possui uma posição estratégica, já que sua bacia hidrográfica, especialmente dos rios Canindé e outros afluentes locais, está diretamente conectada à região limítrofe da bacia do São Francisco. Ele destacou ainda que, diferentemente do que muitos pensam, não houve falta de alinhamento político.

“De 2004 para cá, o Piauí teve uma representação política muito forte em Brasília, com apoio de sucessivos governos estaduais. Então, não é por falta de articulação política. Já passou da hora de somarmos forças, prefeitos, deputados estaduais, federais e senadores, para viabilizar o orçamento necessário e tirar esse projeto do papel”, declarou.

O prefeito também destacou que o próprio relevo e a geografia da região favorecem a chegada das águas do São Francisco, o que poderia representar uma transformação radical no cenário de pobreza e seca que atinge milhares de piauienses no semiárido.

“Se foi possível levar água para o Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, que têm mais desafios geográficos, é ainda mais viável para o Piauí. Só falta vontade política e união”, completou.

A transposição do Rio São Francisco é considerada uma das maiores obras de infraestrutura hídrica do país. Apesar de já beneficiar diversos estados nordestinos, o Piauí ainda aguarda sua inclusão de forma efetiva no projeto. Para os moradores do semiárido piauiense, a chegada das águas seria mais do que uma conquista: seria o início de uma nova realidade.

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