Moradora do Parque da Cidadania, Dona Nasaré viu o espaço crescer e se transformar
Moradora histórica acompanha cada mudança do espaço desde antes da inauguraçãoNo coração de Teresina, o Parque da Cidadania é hoje um dos pontos mais conhecidos para lazer, esporte e eventos culturais. Mas, muito antes de o local se tornar um cartão-postal da cidade, ele já fazia parte da vida de Maria do Nasaré, ou simplesmente Dona Nasaré, como é conhecida por todos que passam por ali.

Moradora da região desde antes do início das obras, ela viu de perto a transformação de um grande matagal em um dos espaços públicos mais frequentados da capital. "Acompanhei tudo, desde as primeiras máquinas chegando, as reformas, as mudanças… até se tornar o que é hoje", conta, com um sorriso que mistura nostalgia e orgulho.
A relação com o parque vai muito além da paisagem. Dona Nasaré tem um hábito que mantém há anos: no fim de cada tarde, senta-se na porta de casa para observar o movimento, cumprimentar conhecidos e trocar algumas palavras com quem passa. Para ela, o quintal de casa é o próprio Parque da Cidadania.

Isadora, neta de Dona Nasaré, lembra que a avó sempre foi parte da vida comunitária do local. “Ela conhece todo mundo e todo mundo conhece ela. É como se o parque também fosse dela”, comenta.

Até o bisneto, Jean Filho, cresceu com essa convivência próxima, participando de brincadeiras, passeios e eventos no espaço. “Pra mim, estar aqui é normal, sempre foi assim. A gente vive o parque todos os dias”, diz.
Funcionários e frequentadores também reconhecem o carinho que Dona Nasaré tem pelo lugar. Muitos a consideram uma espécie de “guardiã” da história do Parque da Cidadania, sempre disposta a conversar e relembrar os primeiros dias do espaço.
Hoje, o parque segue recebendo visitantes de toda a cidade, mas para Dona Nasaré, cada árvore, cada banco e cada trilha guardam lembranças que ninguém mais viveu tão de perto quanto ela.