Uma denúncia a cada três minutos. Esse é o ritmo das queixas feitas por piauienses ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2025. Entre janeiro e abril, foram 937 denúncias — aumento de 13,16% em relação ao mesmo período de 2024, que teve 828 registros.

As principais denúncias envolvem falta de EPIs, jornadas excessivas e condições inseguras. Foram 200 casos em 2024 e 158 neste ano. Em seguida, aparecem relatos de assédio, discriminação e abuso de poder. Foram 147 denúncias no ano passado e 123 em 2025.

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Ministério Público do Trabalho

Fraudes trabalhistas somaram 38 denúncias em 2024 e 35 neste ano. Os casos incluem falta de registro em carteira, contratos irregulares e violação de direitos básicos. Já o trabalho análogo ao de escravo teve aumento: 8 denúncias em 2024 e 13 em 2025. Há relatos de tráfico de pessoas, jornadas forçadas e condições degradantes.

O procurador-chefe em exercício do MPT-PI, Marcos Duanne Barbosa, diz que o aumento reflete maior consciência dos trabalhadores. “O trabalhador está mais atento aos seus direitos e denuncia. O MPT investiga todos os casos e cobra reparações, seja por acordos ou via Justiça”, afirma.

Ele também aponta a insegurança jurídica como um fator. “Decisões do STF têm contrariado a Constituição e gerado conflitos entre patrões e empregados”, conclui.