Congresso debate cidades inteligentes e sustentáveis com municípios do Piauí
Afinal, o que são as cidades inteligentes ou smart cities ?O 4º Congresso das Cidades do Piauí está ocorrendo em Teresina, sob a coordenação do Grupo Cidade Verde, com apoio de órgãos governamentais e da iniciativa privada, com a presença da quase totalidade dos 224 municípios com o tema cidades inteligentes e sustentáveis. Afinal, o que são as cidades inteligentes ou smart cities ? são áreas urbanas que utilizam tecnologias da informação e comunicação para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, otimizar a gestão urbana e promover o desenvolvimento sustentável.
As cidades inteligentes envolvem a integração de diversas áreas, como transporte, energia, saúde, segurança e governança, buscando soluções inovadoras para problemas urbanos e oferecendo serviços mais eficientes. São quatro pilares que envolvem as cidades inteligntes: social, gestão, tecnologia e sustentabilidade. Nao podemos deixar de falar sobre a eficiência energética, a promoção de qualidade de vida e a preocupação com sustentabilidade ambiental, social e econômica.

O termo “cidades inteligentes” (“smart cities”) nasceu há cerca de vinte anos. Na época, o setor de TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) começou a perceber as cidades como um grande mercado a ser explorado. Foi quando surgiu a oferta de soluções para melhorar a prestação de serviços urbanos.
O termo foi se popularizando no Brasil. Passou a ser usado com diferentes sentidos em várias partes do mundo. Mostrou-se útil para melhorar a visibilidade de alguns projetos e organizações.
Faz-se necessário a adesão dos municípios do Piauí ao termo cidades inteligentes, intensificando estudos e diretrizes para uma sustentabilidade e tecnologia que pode resultar em soluções nas áreas : saúde, educação, agricultura e outros ambientes conectados, tornando, portanto, mais ampla a transformação digital nas cidades, como a mobilidade e transportes urbanos, segurança , governo digital, gestão de emergências e desastres
A transformação digital sustentável, inserida nas cidades inteligentes, é o processo de adoção responsável de tecnologias da informação e comunicação, baseado na ética digital e orientado para o bem comum, compreendendo a segurança cibernética e a transparência na utilização de dados, informações, algoritmos e dispositivos, a disponibilização de dados e códigos abertos, acessíveis a todas as pessoas, a proteção geral de dados pessoais, o letramento e a inclusão digitais, de forma adequada e respeitosa em relação às características socioculturais, econômicas, urbanas, ambientais e político-institucionais específicas de cada território, à conservação dos recursos naturais e das condições de saúde das pessoas, enquanto o desenvolvimento urbano sustentável é um processo de ocupação urbana orientada para o bem comum e para a redução de desigualdades, que equilibra as necessidades sociais, dinamiza a cultura, valoriza e fortalece identidades, utiliza de forma responsável os recursos naturais, tecnológicos, urbanos e financeiros, e promove o desenvolvimento econômico local, impulsionando a criação de oportunidades na diversidade e a inclusão social, produtiva e espacial de todas as pessoas, da presente e das futuras gerações, por meio da distribuição equitativa de infraestrutura, espaços públicos, bens e serviços urbanos e do adequado ordenamento do uso e da ocupação do solo em diferentes contextos e escalas territoriais, com respeito a pactos sociopolíticos estabelecidos em arenas democráticas de governança colaborativa.
Por fim, parabéns aos idealizadores do Congresso, pelo tema cidades inteligentes, pelo seu significado, abrangência e relação com as novas tecnologias, bem como apontar os avanços e problemáticas que apresentam os municípios do Piauí, no sentido de buscar implementações concretas, objetivando, por fim, a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos, que comprovadamente as cidades inteligentes, com o uso da inteligência artificial, atraem o três vezes mais investimentos, objetivando , portanto, um maior crescimento econômico.
Valmir Martins Falcão Sobrinho
Economista e Advogado