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Coluna com o economista e advogado Valmir Falcão, que vai abordar temas que envolvem o mercado financeiro do Piauí, do Brasil e do Mundo.

Como a PEC 66 pode ajudar os municípios

Gestores discutem PEC 66 e cobram alívio fiscal para municípios endividados com precatórios
Conecta Economia

No dia 09 de junho no auditório da APPM -Associaçao Piauiense de Municipios foi discutida a PEC 66 ( Proposta de Emenda Constitucional )  conhecida no meio como a PEC da Sustentabilidade Fiscal, com a presenca do Governador Rafael Fonteles ( que  defende a participaçao  dos Estados na PEC 66),  a maioria  da bancada federal do Piaui que integram a Comissão Especial sobre Limite de Precatórios e Débitos Previdenciários da Câmara dos Deputados,  Secretario de Fazenda do Estado,  Secretários  Municipais  de Financas,  e os Gestores Municipais sob a a coordenacao  do Presidente da APPM , Prefeito Admaelton Bezerra.

Foto: Maria Clara César / Conecta PiauíOrçamento doméstico
Orçamento doméstico

A PEC hoje tramita na Câmara dos Deputados, após aprovacão pelo Senado Federal, que tem como objetivo principal:  limite para o pagamento de precatórios pelos Municípios, abre novo prazo de parcelamento especial de débitos dos Municípios com seus regimes próprios de previdência social e com o Regime Geral de Previdência Social e dá outras providências. O relator, Deputado Baleia Rossi (MDB-SP), abriu novo prazo para apresentação de emendas e articula a votação do texto ainda neste semestre.

Os municípios do Brasil, em especial do Estado do Piauí, estão enfrentando dificuldades financeiras devido aos altos descontos automáticos em suas receitas para pagamento de precatórios e débitos previdenciários, com retenções que chegam entre 25% e 30% de sua arrecadação comprometida mensalmente apenas com essas obrigações, dificultando as políticas publicas deste entes federados.

As Emendas de interesse do municipalismo  são as seguintes: extensão automática da reforma previdência que  estabelece a aplicação das novas regras previdenciárias da União para os Regimes Próprios da Previdência Social ((RPPS); aprimoramento das regras de pagamentos de precatórios de autoria  do Deputado Hildo Rocha ( MDB-MA), que  prevê uma gradação mais justa nos limites de comprometimento da Receita Corrente Liquida ( RCL) com precatórios, respeitando o prazo máximo de 10 anos para quitação de estoque. Também  propõe um limite de juros reais de até 4% ao ano para atualização dos valores; Por ultimo a  emenda que trata sobre a substituição do indexador da dívida da previdência dos municípios, de autoria  do deputado Valdir Cobalchini ( MDB-SC), cujo  texto propõe a substituição da taxa Selic- que resulta em juros reais excessivos- pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acrescido de juros de 4 % ao ano, como já determinado para os Estados e o Distrito Federa, conforme foi determinada  na Lei Complementar 212/2025-  (PROPAG), com ampliação  para 360 meses o prazo de refinanciamento das demais dividas dos municípios com  a União.

Já os sindicatos estão contra a PEC por alegação  que haverá uma  centralização das regras de aposentadoria nas mãos do governo federal, a  possibilidade de aumento da contribuição previdenciária dos servidores ativos e inativos, o parcelamento de dívidas previdenciárias em até 25 anos, sobrecarregando futuras gestões e a limitação no pagamento de precatórios, prejudicando quem já conquistou na Justiça o reconhecimento de seus direitos

Segundo a CNM – Confederação  Nacional dos Municípios,  a PEC 66, se aprovada, com as emendas, irão ter um impacto positivo nas finanças municipais de R$ 400 bilhões, o que dará uma sustentabilidade fiscal  aos municípios.

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