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Solidão é a causa de quase 900 mil mortes por ano no mundo, alerta OMS

Dados revelam que mais de 100 pessoas morrem por hora em decorrência de problemas ligados à solidão

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, nesta terça-feira (01/07), um alerta global sobre os impactos da solidão e do isolamento social, que já causam a morte de aproximadamente 871 mil pessoas por ano no mundo, o que representa cerca de 100 óbitos por hora. A entidade trata o problema como uma “ameaça urgente à saúde pública”.

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Solidão é a causa de quase 900 mil mortes por ano no mundo, alerta OMS

No Brasil, embora ainda não existam dados consolidados, especialistas já observam um crescimento acentuado de sintomas relacionados à solidão, como ansiedade, depressão, distúrbios do sono e até doenças cardiovasculares. De acordo com o psicólogo Ítalo Silva, coordenador do curso de Psicologia da Estácio, o tema exige atenção não apenas da área da saúde, mas de toda a sociedade.

“A solidão não é apenas um sentimento; ela pode se transformar em uma condição crônica, com impactos diretos na saúde física e mental. Pessoas isoladas socialmente têm mais chances de desenvolver doenças cardíacas, comprometimento imunológico e até demência”, explica o especialista.

Segundo a OMS, os efeitos da solidão são equivalentes aos riscos de fumar 15 cigarros por dia, e superam inclusive os relacionados à obesidade física. Crianças, adolescentes, idosos e até trabalhadores em home office estão entre os mais vulneráveis ao problema.

Ainda de acordo com o professor da Estácio, o primeiro passo é reconhecer a solidão como um desafio coletivo e promover ambientes mais acolhedores em escolas, empresas, comunidades e instituições públicas.

“Precisamos falar mais sobre isso. Estimular o convívio social, valorizar os vínculos afetivos e garantir suporte emocional é fundamental. A educação também tem papel importante, pois promove o desenvolvimento socioemocional desde cedo”, finaliza o especialista.

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