Cirurgia cardíaca de garoto no Hospital Infantil é marco histórico na Medicina
Esse foi o primeiro procedimento cardíaco realizado pelo Hospital Infantil Lucídio PortellaO Hospital Infantil Lucídio Portella (HILP) realizou nesta segunda-feira (31/07) sua primeira cirurgia cardíaca. O paciente foi o garoto Heitor Lisboa, de dois anos, que passou por uma correção de canal arterial persistente.
Esse foi o primeiro procedimento cardíaco realizado pelo hospital e é considerado um marco histórico na medicina do Piauí. As cirurgias cardíacas no Hospital Infantil agora integram a Linha de Cuidado da Cardiopatia Congênita, que faz parte do Plano de Expansão da Rede de Média e Alta Complexidade da Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi).

Heitor foi diagnosticado com o problema cardíaco logo após nascer e já fazia acompanhamento médico para garantir estabilidade no seu quadro de saúde.
“Desde o primeiro mês de vida nós fazemos o acompanhamento médico e ele nunca havia apresentado nenhum problema ou dificuldade causado pela condição. Quatro meses atrás nós percebemos que ele passou a apresentar cansaço, perda de peso e procuramos logo o serviço de saúde para saber o que estava acontecendo”, disse Francilene Rodrigues, mãe do garoto.
“Nós já estávamos na fila de espera pela cirurgia quando ficamos aliviados ao ver nos jornais que o Hospital Infantil estava implantando o serviço de cirurgias cardíacas. Logo procuramos o hospital para saber como poderíamos proceder. Na última quarta-feira, a equipe do HILP entrou em contato conosco e pediu para irmos fazer exames. Após os exames, ele foi internado no dia 30 de julho e neste dia 31 o Heitor realizou a cirurgia”, completou a mãe.
O diretor de Unidade de Planejamento da Sesapi, Jônatas Melo, disse que a Linha de Cuidado para o tratamento dos pacientes com Cardiopatia Congênita foi desenvolvida pelos técnicos do Hospital Infantil em conjunto com a equipe de cirurgia cardíaca.
“Na fase inicial de implantação do serviço aconteceu a capacitação de todas as equipes do centro cirúrgico e terapia intensiva. As primeiras cirurgias serão realizadas de forma mais controlada. Ao passo que o serviço for se desenvolvendo, a complexidade e o quantitativo de procedimentos serão ampliados gradativamente”, explicou.
Dois procedimentos devem ser realizados por semana. Antes, muitas crianças realizavam suas cirurgias fora do Piauí por meio do Programa TFD (Tratamento Fora de Domicílio), que acarretava em mais custos para a família.
“É um avanço essencial para a medicina piauiense. O acesso ao serviço será via regulação, onde todas as crianças que receberem esse tratamento serão atendidas pela equipe cirúrgica em seu pré-operatório, quando indicado pelo cardiopediatra. Será feita a sua avaliação e elas serão acompanhadas pelos profissionais durante o tratamento e o seguimento ambulatorial pós-operatório”, disse Dirceu Campêlo, superintendente de Gestão da Rede de Média e Alta Complexidade da Sesapi.
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