Justiça Eleitoral mantém prisão de vereadora Tatiana Medeiros e namorado
Decisão destaca indícios de autoria, risco à ordem pública e fundamentos para a manutenção da prisãoA 1ª Zona Eleitoral rejeitou, na última quarta-feira (20/08), os pedidos de liberdade e manteve as prisões domiciliar da vereadora Tatiana Medeiros e a preventiva de Alandilson Passos. Ambos foram denunciados em maio por corrupção eleitoral, organização criminosa e outros crimes. A decisão destacou que os elementos do processo apontam fortes indícios de autoria e risco à ordem pública, fundamentos legais para a manutenção da prisão.
A revisão do cárcere ocorreu no prazo previsto em lei, de 90 dias, mas a juíza Junia Fialho seguiu o entendimento do STF de que o marco temporal não resulta em soltura automática.

Em outro aspecto do processo, a defesa de Stênio Ferreira Santos, padrasto de Tatiana, teve parcialmente atendido um pedido: ele obteve acesso às mensagens de seu próprio celular apreendido e às conversas de terceiros onde ele é participante. No entanto, a Justiça negou seu pedido para retirar a acusação de organização criminosa que também pesa contra ele.
A investigação aponta que os acusados teriam promovido, financiado e integrado uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas. Além disso, são responsabilizados por ocultar bens e valores oriundos de atividades ilícitas, utilizando empresas de fachada e transações fraudulentas de veículos.
Relatórios técnicos, movimentações financeiras incompatíveis com as rendas declaradas, dados fiscais e análises do COAF foram usados para comprovar a materialidade dos crimes. Documentos sobre operações policiais, como a Denarc 64, também foram citados para embasar a denúncia.
Alandilson Cardoso Passos está preso em Minas Gerais desde a Operação DENARC 84, realizada no dia 14 de novembro de 2024, quando 13 pessoas foram detidas. Ele é investigado por envolvimento com uma facção criminosa atuante no Piauí, sendo acusado de lavar dinheiro oriundo do tráfico.
Neste ano, Alandilson também foi alvo da segunda fase da Operação Escudo Eleitoral, que culminou na prisão da vereadora Tatiana Medeiros. O mandado contra ele foi cumprido dentro da penitenciária em que se encontra, em Minas Gerais.