Seduc realiza I Congresso Internacional sobre Educação de comunidades tradicionais
Evento acontece de 21 a 23 de agosto na UFPI em Teresina, reunindo mais de 350 participantesA Secretaria de Estado da Educação, em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI), vai realizar o I Congresso Internacional de Educação Escolar Indígena, Quilombola e do Campo do Piauí. O evento será sediado no Cine Teatro da UFPI, em Teresina, a partir desta quinta-feira (21/08) e seguirá até sábado (23/08), reunindo mais de 350 participantes, entre lideranças indígenas, quilombolas, pessoas do campo, gestores, pesquisadores, professores e convidados nacionais e internacionais.

A proposta do encontro é criar um espaço de diálogo e construção coletiva de políticas públicas que garantam acesso, permanência e sucesso escolar a essas comunidades, sem abrir mão do respeito às suas culturas e identidades.
O secretário de Educação, Washington Bandeira, enfatiza que o congresso marca um momento histórico para a rede estadual. "Este encontro internacional é um marco para o fortalecimento da educação escolar indígena, quilombola e do campo. Estamos avançando na formação de professores, na criação de novas escolas e na melhoria das estruturas já existentes. A gestão do governador Rafael Fonteles inaugurou a primeira escola indígena da rede e a primeira escola quilombola, além de articular novas unidades em outros municípios. O congresso é também um espaço de escuta ativa e qualificada, com participação de lideranças, educadores e pesquisadores, inclusive internacionais, que trazem experiências e saberes para somar às nossas práticas", afirma.

A secretária das Relações Sociais, Núbia Lopes, destaca que o congresso é um espaço de diálogo e de fortalecimento das comunidades tradicionais. "É muito importante um evento como esse, que reúne comunidades quilombolas e indígenas e garante que suas lideranças tenham acesso real às políticas públicas. Aqui conseguimos construir junto, ouvir suas vozes e transformar em ações concretas. Esse encontro traz dignidade às pessoas e mostra o compromisso do Estado em atender de forma justa e participativa", ressalta.

A secretária de Agricultura Familiar, Rejane Tavares, ressalta a relevância do congresso para o fortalecimento das comunidades tradicionais. "Um evento internacional dessa dimensão fortalece cada vez mais a luta dessas comunidades. Hoje elas são prioridade em diversas políticas públicas, mas isso é fruto de muita mobilização e resistência. Nossa secretaria também trabalha nessa direção, destinando metade das ações de projetos como o Piauí Sustentável Inclusivo a povos indígenas, quilombolas e do campo, para que tenham mais estrutura, oportunidades e espaço na sociedade", afirma.

O cacique Henrique ressalta que o congresso representa um espaço de reivindicação e defesa da educação diferenciada. "É um momento importante para nós, povos indígenas, quilombolas e do campo, porque aqui podemos colocar nossas demandas e lutar por uma educação que respeite nossa cultura e nossos saberes. Queremos uma escola em que nossas lideranças também estejam na sala de aula, transmitindo nossos conhecimentos às crianças. Apesar de alguns avanços, ainda faltam ações mais efetivas, principalmente na educação e na titulação dos territórios, e continuamos lutando para que essas políticas cheguem de fato às nossas comunidades", afirma.

A professora Marli Clementino, que integra a comissão organizadora do congresso, ressalta que o encontro tem como meta fortalecer a Educação Escolar Indígena, Quilombola e do Campo no Piauí. "Nosso objetivo é garantir políticas que assegurem o direito à Educação para essas populações, desde a construção de escolas até a formação de professores. Ainda enfrentamos grandes desafios, como ampliar o acesso ao ensino superior e garantir a permanência com bolsas e processos diferenciados. O congresso é um espaço para discutir essas urgências e avançar na inclusão das comunidades camponesas, indígenas e quilombolas", explica.
