Jogo Sapiens: criação piauiense estimula crianças neurodiversas
O jogo, além de desenvolver novas habilidades cognitivas, potencializa as já existentesO xadrez é um jogo que possui mais de cinco séculos de história e que é difundido no mundo inteiro. No Brasil, o jogo de tabuleiro também é popular, sendo inclusive ministrado como disciplina em algumas escolas. No Piauí, o biomédico Natricio Vale Almeida teve a iniciativa de elaborar um jogo que une elementos do xadrez com características próprias, dando assim início ao Sapiens, já é um patrimônio cultural de Teresina.
Sapiens possui um tabuleiro semelhante ao do xadrez, mas suas peças são diferenciadas por serem dados de seis lados, se apresentando em sua formação inicial com as faces para o número 2 e outros para o número 1. Durante a jogatina, os valores se alteram conforme as peças vão sendo capturadas. Os dados podem se movimentar de três formas: em fila, coluna ou diagonal, a depender da estratégia adotada pelo jogador.

Com regras simples e estratégias complexas, Sapiens pode ser aprendido por crianças, idosos e pessoas neurodiversas em poucos minutos. O Sapiens trabalha diversas noções do jogo de xadrez, como o ensino da posição inicial das peças, movimentos, capturas, promoções e movimentos especiais. Tanto o xadrez quanto o Sapiens desenvolvem inúmeras habilidades cognitivas no ser humano, além de potencializar as já existentes.
Elisângela de Olvieira, presidente da Associação Prismas, entidade que presta suporte a famílias com crianças neurodiversas, contou ao Conecta Piauí como o jogo Sapiens pode ser positivo no desenvolvimento de crianças neurodiversas.
"O jogo é muito importante para várias situações. A criança que tem problemas de concentração, terá esse quadro trabalhado, por exemplo. Também pode estar muito na parte pedagógica, porque o jogo, a cada passo que ele dá, e que você pega uma pedra do adversário, você vai calculando, fazendo o cálculo matemático", explicou.