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São Raimundo Nonato decreta luto oficial pela morte da arqueóloga Niède Guidon

Prefeitura manifesta pesar pela morte da pesquisadora que colocou o Piauí no mapa da arqueologia

A Prefeitura Municipal de São Raimundo Nonato declarou luto oficial de três dias em razão do falecimento da arqueóloga Niède Guidon, ocorrido nesta semana. Considerada uma das maiores especialistas em arqueologia pré-histórica do mundo, a pesquisadora dedicou mais de cinco décadas ao estudo e à preservação do Parque Nacional Serra da Capivara, patrimônio cultural da humanidade localizado no sul do Piauí.

Em nota, o município expressou "profundo pesar" pela morte da cientista e estendeu solidariedade a familiares, amigos e à comunidade acadêmica. "Niède Guidon não apenas revelou ao mundo os segredos da Serra da Capivara, mas transformou São Raimundo Nonato em um centro de referência mundial em arqueologia. Sua partida deixa um vazio irreparável, mas seu legado permanecerá eternamente", destacou o texto.

Uma vida dedicada à ciência e ao Piauí

Nascida em Jaú (SP) em 1933, Niède Guidon iniciou suas pesquisas no Piauí na década de 1970, quando descobriu pinturas rupestres e vestígios arqueológicos que comprovavam a presença humana nas Américas há milhares de anos antes do que se imaginava. Seus estudos desafiaram teorias consolidadas e enfrentaram ceticismo da comunidade científica internacional, mas foram fundamentais para reescrever a história do povoamento do continente.

Além de suas contribuições acadêmicas, Niède foi essencial na criação do Parque Nacional Serra da Capivara em 1979 e na fundação do Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato. Seu trabalho ajudou a estruturar a região, gerando empregos, fomentando o turismo científico e colocando o Piauí no roteiro de pesquisadores de todo o mundo.

Reconhecimento internacional e desafios

A arqueóloga recebeu diversas honrarias, como a Ordem do Mérito Cultural do Brasil e o título de Doutora Honoris Causa por universidades no Brasil e no exterior. Mesmo com aposentadoria, continuou atuando na defesa do parque, enfrentando desafios como falta de recursos e incêndios florestais.

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