Saiba todas as acusações mais graves de Robert Rios contra gestão de Dr. Pessoa
Ex-vice prefeito e secretário de Finanças foi ouvido durante CPI do Déficit nesta quarta-feira (06)O ex-vice-prefeito de Teresina e secretário de Finanças, Robert Rios Magalhães (sem partido), foi ouvido nesta quarta-feira (06) na CPI do Déficit Financeiro na prefeitura da capital. Durante seu depoimento, o delegado federal fez duras acusações à gestão do ex-prefeito Dr. Pessoa (PRD). Robert voltou a acusar a família do ex-gestor de controlar os principais espaços e decisões da administração durante o governo.

Suposto faturamento no Hospital da Mulher

Robert afirmou na oitiva que a compra do terreno onde hoje estão paradas as obras de construção do Hospital da Mulher foi superfaturada. Na época em que era secretário, Robert diz que foi solicitado pagamento de R$ 11,5 milhões na compra do espaço que, na sua avaliação, não valia mais do que R$ 1,5 milhão. O ex-gestor também diz que, após seu rompimento com a gestão Pessoa, o mesmo imóvel foi adquirido por mais R$ 16 milhões.
Primeira-dama "mandava na Educação e na Saúde"

O ex-vice-prefeito também acusa a ex-primeira-dama, Samara Conceição, de "mandar" nas secretarias da Educação e da Saúde. No depoimento, Robert se referiu a Samara como "truculenta" e "arrogante" e também a acusou de praticar humilhações contra servidores. Outra denúncia do ex-secretário é a de que, supostamente, a primeira-dama teria distribuído a parentes as casas que abrigavam pessoas em situação de risco por enchentes.
Parentes "desmanchavam" decisões
Robert diz que, durante sua participação na administração, qualquer decisão de gestores com base em crivo técnico era "desmanchada" por parentes do prefeito em reuniões na residência do gestor. Ainda direcionado à primeira-dama, o delegado federal disse ter sido ela a responsável por dividir entre si própria e pessoas próximas cinco vagas do curso de medicina.

Logo em seguida a essas afirmações, Robert explicou o motivo determinante para seu rompimento com Pessoa. O ex-secretário conta que membros de sua pasta eram orientados a não realizar pagamentos antes que o filho do prefeito, João Duarte (Pessoinha), desse seu aval. Ele conta também de uma lista, que afirma ter sido produzida por Pessoinha na ETURB, que continha a suposta relação das empresas que deveriam ser pagas. Segundo Robert, a ordem teve anuência de Dr. Pessoa. No ato de rompimento, ele afirma que pegou uma das cartas e foi ao Ministério Público, onde a entregou ao promotor de Justiça João Malato.
Irregularidades do asfaltamento
Robert também sugere à Câmara que investigue supostas irregularidades no asfaltamento de ruas da cidade. O ex-vice-prefeito diz que diversas vias têm dados alterados ou alienados de maneira intencional.