Rebanho bovino piauiense ultrapassa as duas milhões de cabeças pela primeira vez
O dado é da Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (SADA)O Piauí tem atualmente um total de 2.043.300 cabeças de bovídeos. O dado é da Secretaria da Assistência Técnica e Defesa Agropecuária (SADA) e mostra que, pela primeira vez, o rebanho piauiense ultrapassou os dois milhões de animais desde 2009, quando começou a contagem da série histórica. Conforme o levantamento, em quase duas décadas o número de animais criados no Estado cresceu mais de 22%.

Em Parnaguá, no extremo sul do Estado, por exemplo, o rebanho é composto por mais de 40 mil cabeças. É a cidade piauiense com o maior número de gado, tendo, em média, mais de quatro animais para cada habitante. O número em Parnaguá é tão grande, que ele é quase o dobro do segundo colocado nesse ranking, que é Corrente, com menos de 29 mil cabeças de bovinos e bubalinos.
Todos esses dados foram apresentados e comemorados, nesta semana, pelo secretário da SADA, Fábio Abreu, durante a apresentação dos resultados da última campanha de vacinação contra a febre aftosa, que alcançou recorde em número de animais imunizados no Piauí. Dos 2.043.128 animais registrados na última etapa, exatos 1.982.107, ou 97,01% do rebanho piauiense, foram vacinados.

“Realizamos uma campanha atípica em virtude da portaria do Mapa que desde o dia 2 de maio reconheceu o Piauí como zona livre da doença sem vacinação. Tivemos que realizar a imunização um mês antes, ou seja, em abril, e ainda sem poder prorrogar o prazo, como sempre ocorreu nos anos anteriores. Podemos afirmar que esse resultado é um sucesso”, destacou o secretário da Defesa Agropecuária, Fábio Abreu.

O levantamento da Adapi ainda aponta que 210 municípios atingiram a meta de imunização, sendo que 95 deles conseguiram imunizar 100% do rebanho. “Tivemos um envolvimento engajado de nossos servidores que trabalharam para garantir os bons índices e claro que também devemos lembrar do engajamento dos produtores”, afirmou o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí (Adapi), João Rodrigues.
Após estar entre os primeiros estados do Nordeste a se tornar zona livre da aftosa sem vacinação, o Piauí tem a meta de obter o reconhecimento internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 2025. Para isso, o Estado terá que realizar ações continuadas de vigilância e fiscalização.
“Já cumprimos critérios essenciais como histórico de bons índices de vacinação, depois suspensão da vacinação e agora nosso foco é dar continuidade e reforçar a atuação do Serviço Veterinário Oficial (SVO) para atender qualquer caso suspeito, intensificar nossas barreiras sanitárias impedindo o ingresso de animais vindos de estados que ainda vacinam contra a aftosa, além de fomentar mais campanhas educativas de saúde animal”, disse o gerente de Defesa Animal da Adapi, Idílio Moura.