Se existe um ramo da indústria que tem crescido no Piauí, nos últimos dez anos, esse ramo é o alimentício. Só para ter uma ideia, a fabricação de alimentos no Estado representa quase a metade de toda a receita líquida dessa atividade industrial. Só em 2002, último ano analisado, foram arrecadados mais de R$5,5 bilhões, pelo setor. 

Foto: Reprodução

Programa de Aquisição de Alimentos beneficia mais de 32 mil famílias do Piauí

Os dados são do IBGE que divulgou, essa semana, a Pesquisa Industrial Anual (PIA), onde, sozinha, o ramo alimentício foi responsável por 45,87% do total da receita líquida, em 2022. Há dez anos, a fabricação de alimentos detinha menos de 37% do total da receita líquida, o que representa um crescimento de 8,88% na década analisada. 

• Confira tabelas e resultados dos principais campeonatos.

Foto: Reprodução

Quase metade da receita líquida da indústria piauiense vem do setor de alimentos

Entretanto, mesmo com essa expansão, a última década registrou queda de pessoas empregadas no setor, conforme mostra o relatório do IBGE. Em 2013, havia 30.792 pessoas ocupando postos de trabalho nas unidades locais da indústria piauiense. Dez anos depois, em 2022, esse número caiu para 26.251 pessoas ocupadas na indústria, uma redução de 14,7%.

No Brasil também se registrou uma redução no quantitativo de postos de trabalho na indústria. Em 2013 havia 8.442.742 pessoas ocupadas na indústria, enquanto que em 2022 esse número passou para 7.777.403 pessoas, redução de cerca de 665 mil postos de trabalho no período, o equivalente a uma queda de 7,8%.

No Piauí, em termos de quantidade de postos de trabalho, a indústria que mais apresentou redução foi a de confecções de artigos do vestuário e acessórios, que em 2013 tinha 4.450 pessoas ocupadas e em 2022 passou a ter 2.329 pessoas, uma redução de 2.121 postos de trabalho no período, o equivalente a cerca de 48%. 

Na sequência, a indústria que apresentou maior queda no quantitativo de postos de trabalho foi a de fabricação de produtos de minerais não-metálicos, que em 2013 tinha 4.935 pessoas ocupadas e em 2022 passou a ter 3.869 pessoas, uma redução de 1.066 postos de trabalho no período, o equivalente a uma queda de cerca de 21,6%. 

Já na contramão da tendência de redução dos postos de trabalho, merece destaque a indústria de fabricação de produtos alimentícios, que em 2013 tinha 7.126 pessoas ocupadas e em 2022 passou a ter 8.840 pessoas, um aumento de 1.714 postos de trabalho, o equivalente a uma elevação de 24%.