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Piauí: roubos e furtos de celulares caem, mas uma ocorrência a cada 30 minutos

Mesmo com queda nos registros de furto e roubo de telefones, estado permanece com alta taxa
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Esta quinta-feira (18/07) começou ruim para cinco jovens das cidades de Altos e Teresina. Eles foram presos pela polícia, acusados de venderem celulares esquentados, ou seja, com notas fiscais falsas. Os aparelhos são produtos de roubo e furto e eram vendidos dentro de carros de luxo. A ação ocorreu dentro da 26ª fase da Operação Interditados, que desde o ano passado vem promovendo uma verdadeira varredura nesse tipo de crime no Estado. 

Um dos alvos da operação praticava, de forma reiterada, a comercialização de celulares de procedência criminosa, utilizando plataformas digitais para dar aparência de legalidade à atividade comercial, conforme a investigação. Além disso, o mesmo foi preso em flagrante delito pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, ano passado, e também responde a um processo na Justiça pelo crime de estelionato, fato ocorrido no mesmo ano. 

"O que chama a atenção é a pouca idade dos cinco investigados, todos com cerca de 20 anos, três deles já têm antecedentes criminais por outros delitos. Além disso, emitiam notas fiscais falsas para vender aparelhos sem procedência lícita", destacou Matheus Zanatta, superintendente de Operações Integradas, ressaltando que a operação Interditados tem como objetivo primordial combater o comércio ilegal de parelhos celulares no Piauí

Foto: ReproduçãoPiauí: roubos e furtos de celulares caem, mas uma ocorrência a cada 30 minutos
Piauí: roubos e furtos de celulares caem, mas uma ocorrência a cada 30 minutos

E essas ações, iniciadas há pouco mais de um ano, já conseguiram surtir efeito nas ocorrências. É que depois de cinco anos, os registros e roubo e furto de celulares em território piauiense voltou a registrar queda. E quem está afirmado é o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgou nesta quinta-feira, o 18º Anuário Estatístico do órgão, tendo como base as ocorrências policiais do ano de 2023. 

De acordo com os números, ano passado um total de 19.877 aparelhos celulares foram roubados ou furtados no Estado, uma queda de 3,3% na comparação com 2022. Foi a terceira maior queda percentualmente da região Nordeste, onde a maioria dos estados, foram na contramão e registraram aumento. Em número absoluto, foram 675 aparelhos a menos roubados em um ano. 

“O número é bom, mas ainda não reflete todo o trabalho que estamos promovendo no combate desse crime, que é a porta de entrada de outros. Temos certeza que nos próximos anos, com a massificação das operações e ações de recuperação e devolução, esse percentual de queda vai aumentar bem mais”, pontuou Chico Lucas, secretário de Segurança Pública do Estado, enfatizando às políticas adotadas e que ganharam notoriedade nacional.

Foto: ReproduçãoGráfico
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Entretanto, mesmo com a queda, o número de aparelhos roubados e furtados no Piauí ainda é grande e equivale a uma ocorrência a cada meia hora. Esse crime no Brasil virou, praticamente, uma epidemia, na verdade. Houve queda nacional, também, mas com um média de um registro a cada 30 segundos. Quase um milhão de ocorrências foram registradas em delegacias de todo o país em 2023. 

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de ocorrências mostra a centralidade que tais aparelhos ocupam na nova dinâmica dos crimes patrimoniais. Os celulares se consolidam como porta de entrada frequente para outras modalidades delituosas em ascensão, como estelionatos e golpes virtuais. Teresina é a segunda cidade do país com maior taxa de ocorrências, 1.866 a cada 100 mil habitantes, fica atrás apenas de Manaus, com 2.096,3.

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A marca mais visada pelos criminosos foi a Samsung, com 37,4% dos casos, seguida pela Apple, com 25%, e pela Motorola, com 23,1%. Embora respondam por apenas 10% do mercado nacional, os iPhones representam uma em cada quatro subtrações de aparelhos. O Fórum ressalta que quando se atenta a proporções, é possível dizer que os usuários da Apple correm mais riscos na comparação com aqueles que utilizam telefones de outras marcas.

Segundo a publicação, em 78% das ocorrências, os criminosos optaram por vias públicas. Os casos são mais frequentes em dias de semana, em especial entre segundas e sextas-feiras, com prevalência entre 5h e 7h da manhã e o período entre 18h e 22h – horários em que, geralmente, a população está em deslocamento nas grandes metrópoles, indo ao trabalho ou voltando para casa.

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