Desperdício de água potável no Piauí cai, mas ainda está bem abaixo do aceitável
Os dados são do levantamento do Instituto Trata Brasil, com base no ano de 2022Na data que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, uma notícia boa e outra má relacionadas a produção de água potável no Piauí. Começando pela boa, o Estado e a capital, Teresina, conseguiram reduzir os índices de desperdício em um período de cinco anos. Já a má, é que quase a metade desse líquido ainda é desperdiçado antes de chegar às residências.

Os dados são do levantamento do Instituto Trata Brasil, com base no ano de 2022, e que verificou, naquele ano, uma perda de 47,5% de água potável em todo o território piauiense. Apesar de alto o índice é menor que o registrado em 2018, quando se batia quase na casa dos 50%. Da mesma forma em Teresina, onde a redução foi de 302%, uma das seis maiores quedas do país.
No Brasil, a perda total ficou em 37,8%, uma redução substancial, também, tendo em vista que no ano anterior era de 40,3%. No entanto, apesar da melhora, em ambas as esferas, o índice ainda está longe do estabelecido pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) como aceitável, que é de 25% - uma portaria da pasta diz que o Brasil tem até 2034 para atingir esse índice.

No Piauí, o Trata Brasil fez a analise separada, pegando os dados do Estado, que são atribuídos a Agespisa, empresa pública de água e esgoto, e na capital, quem há cinco anos passou a concessão do serviço para uma empresa privada, por meio de uma PPP. Então, no Estado como um todo, o crescimento foi baixo. Já na capital, o desperdício tem sido mais rapidamente combatido.
Levando isso em conta, o desperdício de água potável, nos cinco anos analisados, caiu quase 16%, saindo de 57% em 2018 para menos de 43% em 2022. Isso significa que a perda do líquido, diariamente, em Teresina, daria para encher mais de 21 piscinas olímpicas, afetando diretamente 126,7 mil pessoas, ou seja, um sexto de total a população teresinenses.
No cenário de perdas de água no Brasil apresenta diferenças significativas entre as regiões. O Norte e Nordeste apresentam os maiores índices de desperdício: 46,9% e 46,7%, respectivamente. Já as regiões Sul (36,7%), Centro Oeste (35%) e Sudeste (34%) têm índices um pouco menores do que a média nacional (37,8%).
