COI mantém atletas do boxe em meio a polêmicas de gênero nas Olimpíadas
Sobre os testes de gênero feitos nas atletas, o órgão afirmou que 'todo o processo é falho'O Comitê Olímpico Internacional (COI) divulgou um comunicado nesta segunda-feira (05/08) onde afirma que as boxeadoras envolvidas na chamada "polêmica de gênero" continuarão disputando os Jogos Olímpicos de Paris. O assunto gerou bastante repercussão durante a semana passada com o caso da argelina Imane Khelif, onde a adversária desistiu de lutar contra a atleta.

Segundo a Associação Internacional de Boxe (IBA), Imane Khelif e Lin Yu-Ting, que é de Taiwan, não passaram em testes de gênero no ano de 2023, durante a realização do mundial da modalidade. O fato foi, de acordo com a IBA, comunicado ao COI logo em seguida. O teste de gênero feito pela IBA informou que as atletas "não atendiam aos critérios de elegibilidade necessários e foram consideradas como tendo vantagens competitivas sobre outras atletas". Os testes mostraram a presença de cromossomo masculino. Por esse motivo, as atletas foram desclassificadas do mundial.
O COI voltou a criticar, neste domingo (04/08), os testes feitos nas duas atletas. Segundo o órgão, os testes realizados são falhos e, por isso, não podem ser parâmetro para definir o gênero. O porta-voz do COI, Mark Adams, fez críticas à IBA, afirmando que, "Todo o processo é falho. Desde a concepção, passando pela forma como foi compartilhado até a sua divulgação. É tão falho que é impossível interagir com ele", fala o porta-voz.

A Associação Internacional de Boxe (IBA) foi banida de estar à frente das disputas de boxe das Olimpíadas 2024, após o COI retirar o reconhecimento do órgão dominado por dirigentes russos, ainda no ano passado. Desde as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, que a IBA não realiza jogos olímpicos.
Imane Khelif e Lin Yu-Ting seguem na disputa por medalhas e já tem ao menos a medalha de bronze garantida.