As amigas Anna Clara Ramos Felipe e Ayla Pereira dos Santos, ambas de 18 anos, foram brutalmente assassinadas e todo o crime foi transmitido em uma videochamada, o que foi confirmado pela Polícia Civil do Mato Grosso.

A Polícia Civil cumpriu, nesta terça-feira (18/02), um mandado de busca e apreensão na Penitenciária Central do Estado (PCE), onde o suspeito do crime está preso. Durante as buscas na cela, foram encontrados chips e celulares, incluindo um aparelho que pode ter sido utilizado para transmitir as execuções.

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Além do detento, outras três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no crime: uma jovem de 19 anos, uma mulher e um homem de 34 anos. Eles foram autuados em flagrante pelo crime de ocultação de cadáver. Um quinto suspeito, que também teve prisão decretada, segue foragido.

Foto: Reprodução

Da direita para a esquerda, Ayla Pereira dos Santos e Anna Clara Ramos Felipe, ambas de 18 anos

Execução transmitida ao vivo

O delegado Igor Sasaki, responsável pelo caso, revelou que mais de uma pessoa assistiu à videochamada em que as jovens foram torturadas e mortas. Ainda não é possível afirmar se todos os que acompanharam o crime têm envolvimento direto ou se apenas estavam na cela do mandante.

"Na videochamada, havia mais de uma pessoa, mas ainda estamos realizando diligências para identificar e responsabilizar os outros que estavam nessa ligação", afirmou o delegado.

Ligação com facção criminosa

As investigações apontam que Anna Clara e Ayla tinham envolvimento com uma facção criminosa, e que a execução foi ordenada por uma organização criminosa. A motivação do crime ainda está sendo investigada.

O caso

As duas jovens estavam desaparecidas desde o dia 28 de janeiro e foram encontradas mortas no dia seguinte, em uma área de mata. Os corpos estavam amordaçados, com sinais de tortura e queimaduras.

A polícia chegou ao local do crime enquanto investigava uma rede de tráfico de drogas. Uma jovem de 19 anos revelou aos agentes que um "tribunal do crime" havia sido realizado em uma casa na região. No local, foram encontrados uma barra de ferro compatível com as marcas nos corpos das vítimas, uma pá, uma picareta, uma escavadeira e uma grande porção de maconha.

Anna Clara foi encontrada escondida em uma moita, com queimaduras nas costas. Já Ayla estava enterrada em uma cova rasa, amordaçada e também com marcas de queimadura.

A polícia segue investigando a participação de outras pessoas no crime e possíveis conexões com facções criminosas.