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Influenciadora Virginia Fonseca nega 'cachê da desgraça' em contratos com aposta

Durante o depoimento, Virginia negou categoricamente ter recebido qualquer tipo de bônus
Redação

A influenciadora digital Virginia Fonseca compareceu à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets do Senado para esclarecer questões relacionadas aos contratos publicitários envolvendo jogos de azar e apostas online. Durante o depoimento, Virginia negou categoricamente ter recebido qualquer tipo de bônus ou percentual vinculado às perdas de seguidores nos sites de apostas.

Foto: Reprodução TV CâmaraVirgínia Fonseca
Virgínia Fonseca

A influenciadora explicou que, embora seus contratos pudessem incluir cláusulas de aumento de remuneração em caso de lucros dobrados pela empresa contratante, essa situação nunca se concretizou. Virginia afirmou que a divulgação do que foi chamado de "cachê da desgraça" a impediu de se manifestar publicamente devido a cláusulas de confidencialidade nos contratos.

Virginia esclareceu que a possibilidade de ganhos extras em contratos com base no aumento de lucros não era um caso isolado ligado especificamente a empresas de apostas, mas sim uma cláusula padrão em seus acordos publicitários.

A influenciadora se recusou a revelar o valor mais alto que recebeu em um contrato com casas de apostas, invocando o direito de permanecer em silêncio. A decisão foi respaldada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu um habeas corpus para garantir o direito de não se autoincriminar durante a audiência.

Virginia Fonseca, acompanhada de seu marido Zé Felipe e seus advogados, marcou presença no Senado para o seu depoimento, que foi sugerido pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), e aprovado pelo colegiado em dezembro de 2024.

A relatora da CPI destacou que Virginia Fonseca, com seus 53,4 milhões de seguidores no Instagram, participou ativamente de campanhas publicitárias para casas de apostas, fazendo uso de sua grande base de fãs para promover tais atividades. Vale ressaltar que a atuação de influenciadores nesse mercado ainda não possui uma regulamentação clara no Brasil.

A CPI das Bets busca investigar os impactos dos jogos de apostas online nas finanças das famílias brasileiras, bem como possíveis ligações com organizações criminosas envolvidas em lavagem de dinheiro.

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