A floresta nativa do Piauí segue sob ataque, mas também cada vez mais protegida pela fiscalização. Só nesta semana, duas grandes apreensões reforçaram a Operação Custodia Naturae – ação da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Em Floriano, foram 43 metros cúbicos de madeira transportada com documentação irregular. Já em Picos, outro carregamento foi flagrado, desta vez com 63 metros cúbicos. Para se ter ideia, essa última apreensão sozinha equivale ao estoque de madeira que seria retirado de dez campos de futebol de floresta nativa.

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Com esses novos flagrantes, o Piauí chega a 350 metros cúbicos de madeira ilegal apreendidos em 2025. É um recorde: volume quase três vezes maior que o total de todo o ano passado. Estamos falando de algo equivalente à carga de mais de 20 caminhões lotados, ou à derrubada de aproximadamente 1.200 árvores nativas. Se tivesse outro destino, esse material poderia erguer dezenas de casas populares – mas, neste caso, representa um respiro a mais para as matas do estado.

O auditor ambiental Eduardo Ganassoli lembra que cada ação dessas tem um peso simbólico. “Cada metro cúbico de madeira apreendido é uma vitória contra o crime ambiental. É menos floresta derrubada, menos pressão sobre a nossa natureza. Estamos mostrando que a fiscalização está presente e funcionando”, afirma.

Para o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Feliphe Araújo, o avanço das operações conjuntas deixa claro que a impunidade já não é mais regra. “A Custodia Naturae simboliza o nosso compromisso de proteger a natureza do Piauí. O recorde de apreensões em 2025 mostra que estamos no caminho certo. O recado é simples: não há espaço para a ilegalidade”, reforça.

A Semarh garante que a Operação Custodia Naturae continua em andamento em todas as regiões do estado, com novas etapas já programadas para os próximos meses.