Começa nesta sexta-feira (29/11) o pagamento do 13º salário. Segundo a legislação trabalhista a primeira parcela do benefício é depositada na conta do funcionário no último dia útil d mês de novembro. Um estudo publicado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (DIEESE) aponta que o 13º Salário pode injetar R$ 2,89 bilhões na economia do Piauí. A estimativa é de que 1,18 milhão de piauienses recebam um benefício médio de R$ 2.096,74.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Oito em cada dez teresinenses devem usar 13º para sair do endividamento

O valor é pago aos trabalhadores do mercado formal, incluindo empregados domésticos com carteira assinada, além de beneficiários da Previdência Social, aposentados e pensionistas da União, estados e municípios. Com o dinheiro no bolso, surge a pergunta: oque fazer com esse recurso extra? Tem quem invista, tem quem antecipe comprar de material escolar e tem apenas os que gastam mesmos com as festas de final de ano. 

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Entretanto, para oito de cada dez teresinenses, por exemplo, a melhor opção é pagar as dívidas ou usar o valor pra tentar negociá-las. É que um estudo da Fecomércio mostrou que em dois anos a taxa de famílias inadimplentes com as contas na capital piauiense subiu 32,6%, saindo de 61% para 86%. Trata-se do maior crescimento de famílias endividadas entre as capitais do país, no período analisado. 

O estudo mostra, porém, que na contramão de Teresina, outras três capitais (todas no Sul) registraram queda no endividamento. Florianópolis foi o caso mais impactante (-2,1%), com sete em cada dez (72%) dos lares da cidade nessa condição. Curitiba, com -1,9% e Porto Alegre, com 1,2% completam a lista. O caso da capital gaúcha, porém, ilustra como as interpretações devem levar em conta as particularidades locais.

Foto: Reprodução

O levantamento da Fecomercio ressalta, ainda, que esse desequilíbrio entre as capitais também se explica pelas condições macroeconômicas de cada Estado e região, em que indicadores como inflação, juros e renda familiar criam circunstâncias distintas pelo país. Assim, não é à toa que o crescimento do endividamento em algumas cidades seja compensado pela queda do mesmo índice em outras. 

A economista e professora do curso de Administração da UniCesumar, Juliana Franco, dá algumas dicas para conseguir se safar com o recurso extra que vem no final do ano para os assalariados. Segundo ela, algumas ações interessantes para melhor aproveitamento do abono e saída do vermelho. 

“Coloque todas as suas necessidades no papel pois é uma ótima forma de visualizar os gastos que terá pela frente e definir prioridades, pensando no que precisa ser comprado agora e no que pode esperar um pouquinho. Não esqueça de separar uma parte para gastar e outra para poupar. Liste as suas necessidades e estabeleça algumas prioridades, depois mapeie o que cabe dentro do dinheiro que irá receber, sem estourar o orçamento”, cita.