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Agro do Piauí se recupera e deverá colher safra 12,7% maior, diz Conab

Para o milho, as atenções se voltam para a safra de verão do cereal cultivado na América Latina
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Após registrar uma queda, a primeira em mais de uma década, a nova previsão para a safra de grãos piauiense é de um crescimento superior ao nacional. Conforme dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgados nesta terça-feira (15), a produção do Piauí será de pouco mais de 6,5 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 12,7% na temporada 2023/24, finalizada no mês de agosto. 

O crescimento da safra do Estado é maior que a brasileira, que prevê uma alta de 8,4%, ou seja, 24,62 milhões de toneladas a serem colhidas a mais que no ciclo anterior, estabelecendo um novo recorde na série histórica caso o resultado se confirme ao final do ano agrícola. No Piauí, o resultado de 6,5 milhões de toneladas não é um recorde, tendo em vista que há dois anos o agro piauiense quase chegou as 7 milhões de toneladas. 

Foto: ReproduçãoColheitadeira
Colheitadeira

Entretanto, o crescimento previsto para a safra de 2024/25 piauiense foi o terceiro maior entre os estados que mais produzem grãos no país, ficando atrás somente de São Paulo (19,4%) e Mato Grosso do Sul (37,5%). O resultado desta primeira expectativa da safra de grãos foi tão importante para o produtor piauiense, que a previsão é de que com ela o Estado ultrapasse, novamente o Pará, e passe a ser o quarto maior produtor do Norte/Nordeste. 

E o bom resultado do Piauí, segundo os dados da Cona, deve-se a recuperação do plantio de milho, que deve crescer quase 42% nesse novo ciclo, bem como sua área plantada, saltando de 418 mil hectares para 478 mil hectares. Assim, a colheita deverá ser de 2,2 milhões de toneladas. Já a soja, carro chefe do agro piauiense, continua a crescer, menos que ano passado. O índice de alta é de 3% e uma colheita de quase 3 milhões de toneladas de grãos. 

“Com esses números, a previsão é de que o Piauí, tanto o Brasil, volte ao patamar das maiores safras de arroz da sua história. Isso é o resultado do trabalho dos nossos produtores, em parceria com o governo federal, que voltou a elaborar políticas públicas para todo o campo agrícola brasileiro, contemplando pequenos, médios e grandes produtores”, reforça o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Mercado – Com a perspectiva de maior disponibilidade interna de arroz, os preços do produto no mercado interno devem seguir um comportamento de arrefecimento, mas, mesmo com a possível queda, deve-se manter a rentabilidade ao produtor. A alta na produção também possibilita tanto uma elevação nas exportações do grão, que podem chegar a 2 milhões de toneladas, como um aumento nos estoques de passagem ao final da safra 2024/25, estimada em aproximadamente 840 mil toneladas.

Para o milho, as atenções se voltam para a safra de verão do cereal cultivado na América Latina. Brasil e Argentina, os principais produtores do grão na região, devem reduzir a área destinada para a cultura neste primeiro momento, e essa menor oferta sul-americana pode refletir em uma recuperação nos preços no mercado externo, apesar da redução na primeira safra do cereal.

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