O Museu da Imagem e do Som de Teresina (MIS Teresina) entra em uma nova fase com o início da sua ocupação colaborativa, pautada na autogestão e no fortalecimento da cadeia audiovisual no Piauí. A ação é articulada pelo Núcleo Criativo Chagas Júnior, com apoio de artistas, realizadores e coletivos locais do audiovisual piauiense.

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Artistas e coletivos do audiovisual local se unem para reabrir o MIS Teresina

O processo de reativação do espaço acontece mesmo diante de desafios estruturais e orçamentários, apostando no protagonismo da sociedade civil e na força da mobilização cultural.

• Confira tabelas e resultados dos principais campeonatos.

Estrutura Coletiva com Grupos de Trabalho

A base do novo modelo de gestão do MIS Teresina é a autogestão por Grupos de Trabalho (GTs), que são temáticos e auto-organizados. Esses grupos foram criados a partir de um plano de diretrizes e metas elaborado com a FMC, com o objetivo de garantir a participação direta da comunidade cultural nas decisões do espaço.

Cada GT tem um foco específico – como fomento, formação, exibição, diversidade, governança e empreendedorismo – e é responsável por planejar e executar ações em sua área, com apoio de uma coordenação eleita. Esses coordenadores, por sua vez, se articulam em reuniões gerais e contribuem na montagem do calendário coletivo do segundo semestre de 2025.

Prioridade: Programação do Aniversário de Teresina

A programação de reabertura oficial do MIS está prevista para o dia 16 de agosto, como parte das comemorações do aniversário da cidade. A proposta inicial inclui:

• Oficinas pela manhã com realizadores locais;
• Exposição sobre a história do cinema teresinense durante o dia;
• Sessão de curtas "Boi de Salto" e "Boi Romeiro" no início da noite;
• Evento cultural com música e roda de conversa na cobertura do prédio.
   

O evento será também um marco simbólico da nova fase do museu, dando início à sua ocupação ativa mesmo com limitações estruturais.

Dados, Planejamento e Sustentabilidade

Foi lançado um formulário de adesão do setor audiovisual piauiense, para cadastrar realizadores, produtores, educadores, técnicos e simpatizantes. A ideia é transformar o MIS também em núcleo de informação e articulação do setor, conectando pessoas e dados estratégicos.

Cada GT será responsável por registrar suas ações e construir relatórios periódicos que alimentarão o planejamento coletivo e a transparência do processo.

Para garantir a continuidade das atividades, já está em desenvolvimento uma planilha de calendário colaborativo, onde os GTs poderão propor eventos, oficinas, cineclubes e ações formativas a partir de suas próprias agendas.

Campanha de Mobilização e Apoio ao Arranjo Regional

Uma das pautas urgentes é a adesão do Piauí ao Arranjo Regional de Desenvolvimento do Audiovisual, política ligada à ANCINE e ao Governo Federal. A adesão tem prazo até 18 de agosto e pode garantir recursos estratégicos para o setor.

Durante a reunião mais recente, foi sugerida a criação de uma campanha informativa e mobilizadora, incluindo vídeos curtos, hashtags nas redes sociais e notas para a imprensa, destacando a importância da adesão do estado e da atuação do governador na viabilização do processo.

 Rede em Expansão

O grupo envolvido na articulação destacou a importância de manter o ritmo da mobilização e da comunicação entre os GTs. Também foi proposta uma reunião entre todos os coordenadores para alinhamento das pautas e decisões conjuntas.

Mesmo com recursos limitados, a mobilização demonstra o potencial de retomada do MIS como espaço estratégico para o audiovisual no Piauí, com foco em colaboração, inovação, diversidade e sustentabilidade a longo prazo.