Edilson Capote é acusado de usar dinheiro público para promover sua gestão
Ministério Público denuncia contratação feita sem licitação pelo prefeito de BarrasO Ministério Público do Estado do Piauí ajuizou, na manhã desta terça-feira (10/06), uma Ação Civil Pública por Ato de Improbidade Administrativa contra o prefeito de Barras, Edilson Sérvulo de Sousa, conhecido como “Edilson Capote”, e a empresa ROM CARD Administradora de Cartões EIRELI. A ação, protocolada na 2ª Vara da Comarca de Barras, questiona a legalidade do “Programa Cartão do Servidor Público Municipal”, criado sem licitação e com indícios de promoção pessoal do gestor.

De acordo com o MP, o acordo firmado com a empresa não se tratava de um simples convênio, mas de um contrato oneroso, com cobrança de taxas aos servidores e estabelecimentos, o que exigiria processo licitatório, conforme prevê a legislação. A investigação também apontou que os cartões do programa exibiam logotipos da gestão municipal, o que configura promoção pessoal com recursos públicos, violando o princípio da impessoalidade previsto na Constituição.
Mesmo após recomendação do MP para anular o contrato e realizar licitação, o prefeito teria apenas retirado os logotipos, mantendo o contrato ativo. O promotor Glécio Paulino Setúbal da Cunha e Silva argumenta que a omissão demonstra má-fé e dolo. A ação pede liminar para suspender o contrato em até 72 horas, com bloqueio de pagamentos, além da citação dos réus e condenação por improbidade, com penalidades que incluem multa, proibição de contratar com o poder público e inclusão no cadastro nacional de gestores condenados.
A assessoria do prefeito Edilson Capote não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para esclarecimentos.