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Israel usa drones e ataca campo de refugiados na Cisjordânia em grande operação

Essa ofensiva foi uma suposta "resposta" aos recentes ataques de militantes palestinos
Redação

As Forças Armadas de Israel realizaram um ataque ofensivo na cidade de Jenin, na Cisjordânia, nesta segunda-feira (03/07). A operação envolveu o uso de drones não tripulados e a presença de um grande número de soldados em terra. 

O alvo do ataque foi o campo de refugiados local, resultando na morte de pelo menos oito pessoas, de acordo com autoridades locais que divulgaram um comunicado.

Foto: Reprodução/ Redes SociaisAtaque em campo de refugiados na Cisjordânia
Ataque em campo de refugiados na Cisjordânia

Essa ofensiva representa a maior ação militar israelense na Cisjordânia nos últimos doze meses e foi uma suposta "resposta" aos recentes ataques de militantes palestinos contra colonos judeus na região.

O governo de Tel Aviv alega que suas tropas visavam apenas alvos criminosos, conforme afirmou o coronel israelense Richard Herdt.

Até o início da manhã desta segunda-feira, as tropas israelenses continuavam a busca por suspeitos dentro do campo de refugiados de Jenin, que abriga cerca de 14 mil pessoas em uma área de menos de meio quilômetro quadrado. Os moradores também reclamaram da falta de energia elétrica na região.

Em resposta ao ataque, as Brigadas de Jenin, um grupo militante, afirmaram ter derrubado um dos drones israelenses utilizados na operação.

A ação começou nas primeiras horas da madrugada com um ataque aéreo a um prédio identificado pelo coronel israelense Richard Herdt como um local usado pelos militantes para planejar ataques. Segundo o coronel, o objetivo da operação era destruir e apreender armas.

O coronel enfatizou que as forças israelenses estão agindo contra alvos específicos e não têm intenção de permanecer permanentemente no campo de refugiados. Essa informação foi divulgada durante uma entrevista concedida por ele.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, elogiou os esforços do exército israelense durante a operação e acusou o Irã de financiar grupos armados palestinos e estar por trás da violência na região. Em um comunicado oficial, o ministro afirmou: "Devido aos fundos recebidos do Irã, o campo de Jenin se tornou um centro de atividades terroristas."

Em resposta, as autoridades de Jenin rejeitaram veementemente essa alegação e afirmaram que a violência é uma resposta natural aos 56 anos de ocupação desde que Israel capturou a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967, conforme comunicado oficial emitido por autoridades de Jenin.

De acordo com a agência de notícias oficial palestina Wafa, após o aumento da tensão com a operação em Jenin, ocorreram confrontos entre palestinos e forças israelenses em outras áreas da Cisjordânia ocupada, como nos acessos à cidade de al-Bireh, onde um jovem palestino de 21 anos foi morto a tiros pelas forças israelenses.

Com informações do iG/ Mundo

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