Conecta Piauí

Notícias

Colunas e Blogs

Blogs dos Municípios

Outros Canais

Empresa revela que PMT retém pagamentos para beneficiar contrato

Empresa diz que dívida de R\$ 50 milhões e retenção de notas causaram paralisação dos serviços

O Consórcio EcoTeresina, responsável pelos serviços de limpeza urbana em Teresina, emitiu uma nota pública nesta quarta-feira (11) para esclarecer os motivos que levaram à paralisação dos serviços na capital. A empresa afirma que a responsabilidade pela situação recai diretamente sobre a Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano (ETURB) e seu presidente, Vicente da Silva Moreira Filho, por inadimplência e postura considerada “não colaborativa”.

Foto: Reprodução/PMTGaris
Garis

Segundo o consórcio, a paralisação dos trabalhadores não foi uma decisão da empresa, mas sim consequência de um “estrangulamento financeiro” promovido pela Prefeitura de Teresina. A dívida da gestão municipal com o Consórcio EcoTeresina ultrapassaria R$ 50 milhões, valor que compromete o pagamento da folha salarial e a continuidade dos serviços.

A nota ainda acusa a ETURB de reter ilegalmente notas fiscais referentes ao mês de maio de 2025, incluindo documentos já validados pelas Superintendências de Desenvolvimento Urbano (SDUs), como estratégia para desestabilizar a empresa em meio a uma disputa judicial. Segundo o consórcio, a intenção da prefeitura seria justificar a contratação emergencial de outra empresa para assumir o serviço.

“A Prefeitura está utilizando os trabalhadores como reféns, prejudicando-os deliberadamente com o objetivo de criar um cenário de caos”, aponta o comunicado.

O Consórcio EcoTeresina também rebate as acusações feitas pela ETURB desde o início da atual gestão, em janeiro de 2025, sobre supostos “funcionários fantasmas” e casos de superfaturamento. Segundo a empresa, essas denúncias são infundadas e não têm respaldo técnico ou documental.

Negociações para garantir o fluxo de pagamentos chegaram a ocorrer na Justiça do Trabalho e no Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região. Ainda assim, a empresa afirma que a Prefeitura segue ignorando decisões judiciais e insiste em medidas que prejudicam o consórcio e os trabalhadores.

Por fim, o consórcio afirma que está pronto para retomar integralmente os serviços tão logo os pagamentos em atraso sejam regularizados. “Lamentamos profundamente que a população esteja sendo prejudicada por essa disputa provocada pela intransigência da ETURB”, conclui a nota.

Comente