Ribeiro Gonçalves chama atenção para proibição total de queimadas no Piauí
Município integra operação estadual de prevenção a incêndios durante período crítico de secaA população de Ribeiro Gonçalves, assim como todos os municípios piauienses, deverá seguir rigorosamente a proibição total de qualquer tipo de queimada entre 15 de agosto e 15 de outubro de 2025. A determinação é da Portaria nº 146/2025 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), e foi reforçada pela prefeitura municipal através de alerta à população.
A medida, que acontece anualmente durante o período mais crítico de estiagem, busca reduzir os riscos de incêndios descontrolados, que historicamente causam danos ambientais e econômicos no estado. Diferentemente de outros períodos do ano, a portaria não faz exceções, incluindo de forma explícita as "queimadas controladas" tradicionalmente utilizadas na agricultura para limpeza de pastagem, preparo de solo e manejo de pragas. A incineração de lixo ou qualquer resíduo também está totalmente vedada.
A decisão é baseada em dados meteorológicos que apontam para condições ideais de propagação do fogo nessa época: baixa umidade relativa do ar, temperaturas elevadas e ventos fortes. O objetivo declarado pela SEMARH é triplo: proteger o bioma local, evitar prejuízos materiais (como a destruição de cercas, plantações e até imóveis) e, principalmente, preservar vidas.
A adesão da prefeitura de Ribeiro Gonçalves à campanha estadual evidencia a gravidade com que o tema é tratado localmente. O apelo divulgado pelas autoridades municipais é direto: "Contamos com a colaboração de todos para proteger nosso meio ambiente, evitar prejuízos e preservar vidas".
O cumprimento da norma será fiscalizado por órgãos ambientais estaduais e municipais. Em anos anteriores, descumprir a proibição tem rendido aos infratores aplicação de multas pesadas, além de responderem criminalmente por danos ambientais caso o fogo se alastre.
A medida, embora necessária sob a perspectiva da segurança, gera impacto direto na rotina dos produtores rurais da região, que precisam buscar alternativas para o manejo do solo nesse intervalo de dois meses. O período de proibição coincide com a preparação para o início do período chuvoso na região, crucial para o plantio.