Paciente é rejeitada no HUT por superlotação e roda Teresina em busca atendimento
Mulher passou mal e, acompanhada do filho, passou por três hospitais para conseguir atendimentoUma empresária de 56 anos, que preferiu não ser identificada, passou mal na manhã desta quinta-feira (23/11) e enfrentou uma série de constrangimentos para conseguir um atendimento médico na rede pública de saúde de Teresina.

De acordo com informações repassadas ao Conecta Piauí pelo filho da vítima, a mulher foi tomar um banho, momento que se sentiu tonta e caiu no chão, pois perdeu os movimentos das pernas e das mãos. O jovem relata que foi acordado pelo pai e, logo em seguida, se arrumou e levou a mãe para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
Chegando lá, a paciente nem chegou a ser atendida. Um médico conversou com a família e afirmou que nenhum procedimento poderia ser feito no local e que mãe e filho deveriam se deslocar para o hospital do Monte Castelo, localizado na zona Sul de Teresina e assim foi feito.
Ao chegar na unidade de saúde, o jovem alega que passou três horas esperando por exames e, quando finalmente uma funcionária apareceu para esclarecer a situação, se decepcionou.
“Estávamos no Hospital do Monte Castelo para conseguir a regulação dela, via SUS, para fazer tomografia do crânio e outros exames. Passamos três horas no hospital, após isso uma funcionária disse que queria falar comigo a sós. Lá ela me informou que o HUT negou por motivo de lotação e solicitou transferência para o Hospital Universitário, mas me disse que eles não iam aceitar, pois lá só aceita com exame em mãos”, denunciou.

As solicitações de encaminhamento da paciente foram negadas e, só depois de três horas, os profissionais emitiram a evasão da mulher. “Como é que a pessoa vai permanecer em um hospital que não vai fazer nenhum exame na pessoa e ainda sequer informou a negativa das solicitações”, pontuou.
Mau atendimento
O jovem ainda denunciou a forma que foi tratado no hospital do Monte Castelo, onde teve que, por conta própria, pegar uma cadeira de rodas para a mãe que passava mal. “Me disponibilizaram uma cadeira de rodas porque eu fui atrás. Lá ninguém me ajudou pra nada, se eu fosse tirar minha mãe da cadeira pra botar numa poltrona ou em outra cadeira era só eu”, lastimou.
Continuando a jornada desgastante em busca de tratamento para sua mãe, o jovem foi para outro hospital, localizado na zona Norte de Teresina. Chegando lá, o exame de sangue que a empresária tinha feito no Monte Castelo foi negado pois ela saiu da unidade de saúde.
O filho e a mãe estão buscando atendimento médico desde cedo e, até a publicação desta matéria, ainda estão no hospital da Primavera aguardando o efeito de medicações.