Litígio Piauí x Ceará: Alece lança livro com novos documentos a favor do Estado
Autor alega que documentos históricos e fontes primárias provam que o Ceará não invadiu o PiauíA Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) lançou, nesta segunda-feira (11/12) o livro Análises Históricas das Divisas Cearenses: caso do litígio de terras entre o Ceará e o Piauí. O livro, de acordo com o autor, contém novos documentos históricos e fontes primárias que provam que o Ceará não teria invadido as terras piauienses. O Conecta Piauí foi o único veículo de comunicação piauiense que realizou a cobertura de lançamento.

De acordo com o professor e autor do livro, João Bosco Gaspar, que realizou sua pesquisa na Biblioteca do Exército, localizada no Rio de Janeiro, há provas e fontes que comprovam o ponto principal do livro. “Então o livro vem para socializar essa pesquisa. Nós não temos só o sentimento de pertencimento, nós temos a conquista, e a posse. Nós temos uma ocupação ininterrupta, desde o tempo de Martins Soares Moreno, de Pero Coelho de Sousa, sobre o território da Ibiapaba e sobre o litoral até a barra do rio Parnaíba”, disse.

O professor faz parte do Comitê de Estudo de Limites e Divisas Territoriais do Ceará (Celditec) e, durante seu discurso, citou um possível erro no mapa do engenheiro Henrique Galúcio. O professor afirma que o mapa que comprova essa situação está no seu livro e explica um pouco do problema.
“Henrique Galúcio fez esse mapa em 1760, e o governador do Piauí, Carlos César Bula Marques, em 1809 mandou corrigir esse mapa, porque estava errado. Então ele mesmo foi quem fiscalizou essa correção. E esse mapa corrigido, por ordem do governador do Piauí, deixa toda a serra da Ibiapaba, na sua totalidade, pertencente ao Ceará, como sempre pertenceu”, relata.
O procurador-geral do Ceará, Rafael Machado Moraes, acredita que as brigas territoriais são comuns, mas, que no caso em específico, não há nada que comprove um avanço do estado em relação ao Piauí. “O que aconteceu na prática, com respeito aos limites, Ceará e Piauí, é que não houve nenhum tipo de avanço. Os mapas históricos, os dados históricos, os elementos históricos, tanto o IBGE, como todos esses elementos que constam do livro que foi lançado, deixam bem claro isso”, esclarece.

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