DRACO: bar era depósito de armas em Teresina; faccionado '4M' está entre os presos
Um dos investigados estava foragido desde o ano passado, apontado como membro do Bonde dos 40Um bar localizado na Vila Dagmar Mazza, zona Sul de Teresina, foi o principal alvo de uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (02/07) pela Polícia Civil do Piauí, por meio do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). O local era utilizado como ponto estratégico por integrantes da facção Bonde dos 40 para encontro de membros, venda de entorpecentes e armazenamento de armas.

As investigações vinham sendo conduzidas desde 2023, quando agentes do DRACO retiraram pichações da facção na região e passaram a monitorar os principais focos de movimentação criminosa. Com base nas evidências colhidas, foi confirmado que o bar funcionava como uma “base operacional” da organização criminosa, abrigando inclusive um “paiol”, estrutura clandestina destinada ao esconderijo de armas de fogo.
Durante a operação, dois irmãos foram presos no estabelecimento. Ambos são apontados como responsáveis diretos pelo armazenamento de armamentos e também atuavam no tráfico de drogas na área. Parte do terreno do bar contava com um espaço baldio nos fundos, que era utilizado tanto para ocultar drogas quanto para facilitar a fuga dos criminosos.
Na abordagem, alguns indivíduos conseguiram fugir do cerco policial, mas deixaram para trás armas e drogas que foram recolhidas pelas equipes. As autoridades solicitarão a interdição do estabelecimento por entenderem que sua estrutura foi completamente voltada para o suporte de atividades ilícitas.
Um dos destaques da ação foi a prisão de Jorge Hugo, conhecido como "4M", foragido do sistema penitenciário. Ele foi localizado em uma das casas monitoradas na região e é apontado como membro da facção. Junto a ele, os policiais apreenderam entorpecentes e materiais usados para embalar e distribuir a droga.

Além disso, foi identificado que a faccionada conhecida como Ana Azevedo morava nas proximidades, o que reforça a tese de que o bar era parte de um núcleo ativo da organização criminosa na região.
A ofensiva faz parte do programa Pacto Pela Ordem, coordenado pela Secretaria de Segurança Pública, com o objetivo de desarticular células criminosas em áreas críticas da capital. A operação cumpriu 13 ordens judiciais e contou com o apoio do BOPE, BEPI, Guarda Civil Municipal, Canil, Diretoria de Inteligência e Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP).