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Entenda como a tarifa de 50% dos EUA pode impactar a economia brasileira

Caso contrário, os efeitos da medida americana podem repercutir em toda a economia do país
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A partir de 1º de agosto, produtos brasileiros que entram no mercado dos Estados Unidos passarão a ser taxados com uma tarifa de 50%. A medida foi imposta de forma unilateral pelo governo do ex-presidente Donald Trump e já provoca preocupação entre especialistas e setores estratégicos da economia brasileira.

A nova taxação atinge diretamente segmentos importantes como petróleo, ferro, aço e aeronaves, pilares das exportações do Brasil para o país norte-americano. Em 2024, os Estados Unidos foram responsáveis por US$ 40,4 bilhões em compras do Brasil, o que representa aproximadamente 12% de tudo o que o país exportou no ano.

Somente o setor de petróleo e seus derivados movimentou US$ 7,5 bilhões, seguido por ferro e aço (US$ 5,3 bilhões) e aeronaves (US$ 2,7 bilhões). Agora, com a alta carga tributária, esses produtos correm sério risco de perder espaço no mercado norte-americano por conta da perda de competitividade.

Foto: Reprodução/Realtime1Entenda como a tarifa de 50% dos EUA pode impactar a economia brasileira
Entenda como a tarifa de 50% dos EUA pode impactar a economia brasileira

A tarifa será aplicada de forma abrangente, sem distinção entre tipos de produtos ou setores, e se soma a outros tributos já existentes, aumentando os custos dos exportadores brasileiros.

Além disso, o governo dos EUA abriu uma investigação comercial contra o Brasil, com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos, sob a alegação de práticas consideradas desleais. A justificativa de Trump é de que os EUA enfrentam déficit na balança comercial com o Brasil, o que contraria os dados oficiais, que mostram que, desde 2009, é o Brasil quem tem prejuízo nessa relação.

Especialistas apontam que há forte influência política na decisão, o que pode dificultar futuras negociações para reverter a medida. Também há alerta para impactos econômicos mais amplos, como desaceleração da economia, alta no dólar e pressão inflacionária, que podem afetar diretamente o bolso do consumidor brasileiro.

Diante do cenário, o governo brasileiro deve agir com urgência, buscando diálogo e acordos diplomáticos para tentar minimizar os danos à indústria nacional e proteger suas exportações. Caso contrário, os efeitos da medida americana podem repercutir em toda a economia do país.

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