Justiça nega liberdade a preso por fraude de R$ 19 milhões ao banco Santander
O indivíduo foi preso temporariamente pela suposta prática de estelionato e outros crimesO Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), negou, nesta quarta-feira (06), o pedido de liberdade feito pela defesa de João Gabriel Vieira Leal, preso nessa terça-feira (05), durante a Operação Prodígio. Leal faz parte de um grupo acusado de atuar em um esquema de fraude bancária que causou um prejuízo de R$ 19 milhões ao banco Santander. Todo o grupo foi preso durante a operação, cuja parte do prejuízo foi causado no Piauí.

O indivíduo foi preso temporariamente pela suposta prática dos crimes de associação criminosa, estelionato e falsidade ideológica. De acordo com o texto da decisão, a defesa de João Gabriel Vieira Leal alega a inexistência de fundamentos para a decretação da prisão temporária. A defesa também alegou constrangimento ilegal.
“Fundamentam a ação constitucional na alegação de inexistência de fundamentos para a decretação da prisão temporária, vindicando subsidiariamente a substituição da constrição por medidas cautelares alternativas, em razão da primariedade e bons antecedentes do Paciente”, diz o texto da decisão.
Mas, de acordo com a justiça, os pontos destacados pela defesa não garantem a liberdade provisória, tendo em vista que existem hipóteses que autorizam a manutenção da prisão.
“A prisão temporária tem fundamento na Lei nº 7.960/89, possuindo como hipóteses de cabimento as situações preceituadas no artigo 1º da referida lei”, pontua o texto.
Prisão
João Gabriel Vieira Leal foi preso na Operação Prodígio, após apresentação de notícia-crime pelo banco Santander, onde a instituição aponta que foi vítima dos crimes de estelionato por associação criminosa, no Estado do Piauí, com atuação preponderante nos municípios de Teresina e Floriano, revelando ter sofrido um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões.
Segundo o texto da decisão, "consta nos autos que o preso se apresentou como atleta profissional, com renda de R$ 26.465,65, gastando R$ 205.569,97 com cartão, dos quais: R$ 122.857,02 foram gastos nas maquinetas de Marcelo de Sousa Almeida; R$ 26.930,00 nas maquinetas de Raimundo Isaias Lima; R$ 44.856,00 nas maquinetas de Sabrina Sousa; recebendo R$ 192,00 da cliente Vitoria Ferreira, esposa de Savio Maximo.
Presos
Foram decretadas na Operação Prodígio as prisões de Anderson Ranchel Dias De Sousa, Ângela Marques Terto, Ariosvan Lopes Pereira, Diana Mayara Da Costa Reis, Dimo de Andrade Miranda, Eristay Cantuario Oliveira, Erisvelton Felipe Oliveira Santos, Handson Ferreira Barbosa, Ilgner de Oliveira Bueno Lima, Joao Gabriel Vieira Leal Dos Santos, Jose Iann Da Penha Passos, Juliana Aires, Kamila Thayline de Oliveira Gomes, Liedson Ribeiro Da Costa, Raquel Cardoso De Sousa, Marcelo Cristian Gomes Silva, Marcelo de Sousa Almeida, Maria Aparecida da Costa Morais, Rafael Soares de Oliveira, Raimundo Isaias Lima, Ramon Vitor Lopes Gomes, Rennan Erick de Sousa, Savio Maximo de Sousa Andrade, Simplicio da Silva Santos, Tais Nunes da Silva, Tiago de Carvalho Santos, Vinicius de Morais Sousa, Vitor Ferreira do Nascimento, Wanderson Santos Queiroz e Washington Silva Santana.
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