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Colar de 8.500 anos da Serra da Capivara é destaque durante exposição em São Paulo

Desde 2009, o colar integra o acervo do Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato (PI)

Um colar com cerca de 8.500 anos, encontrado no Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, é uma das principais atrações da exposição “Nem Tudo Que Reluz – Uma Exposição sobre o Adorno e a Arte Contemporânea”, que estreia nesta terça-feira (29), no Solar Fábio Prado, antigo Museu da Casa Brasileira, em São Paulo.

A mostra reúne 32 obras criadas por artistas mulheres brasileiras e traz uma reflexão sobre a relação entre adorno e identidade ao longo da história, aproximando o passado e o presente. A curadoria é assinada pela professora de história da arte Ana Avelar, da Universidade de Brasília (UnB).

O colar foi incluído na exposição por meio da colaboração entre o produtor Sérgio Santos e a equipe da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), com autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Ele será exibido logo na entrada da mostra, junto a obras da artista Amélia Toledo, numa disposição que também homenageia a arqueóloga Niéde Guidon, responsável por importantes descobertas no campo da arqueologia brasileira.

Foto: Divulgação/FumdhamColar de 8.500 anos da Serra da Capivara é destaque em exposição em São Paulo
Colar de 8.500 anos da Serra da Capivara é destaque em exposição em São Paulo

A peça arqueológica foi descoberta em 2006, durante escavações no sítio Toca do Sítio do Meio, uma área com registros de ocupação humana datados entre 6 mil e 12 mil anos. O colar foi encontrado em uma camada com cerca de 8.500 anos de idade, ao lado de uma placa de ocre, dentes humanos e vestígios de fogueiras indícios de que o material pode ter feito parte de algum tipo de ritual.

Feito com aproximadamente mil sementes de gramínea, o colar apresentava uma disposição precisa que permitiu aos pesquisadores identificarem que ele tinha seis voltas. O fio original, provavelmente de fibra vegetal, já havia se degradado quando a peça foi descoberta. Desde 2009, o colar integra o acervo do Museu do Homem Americano, em São Raimundo Nonato (PI), e será devolvido ao local após o término da exposição em São Paulo.

A mostra “Nem Tudo Que Reluz” é gratuita e pode ser visitada de terça a quinta-feira e aos fins de semana, das 10h às 18h, e às sextas, das 11h às 20h.

Com informações do G1 Piauí. 

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